Em 02 de Novembro de 2012, o Jornal da Tarde com mais de 42 anos de história foi descontinuado pelo Grupo Estado, dias depois, o Jornal Marca, do grupo Português Ejesa não circulava mais nas bancas de São Paulo e Rio de Janeiro. O Grupo Estado, ainda, divulga na imprensa que os investimentos em conteúdos online serão ainda maiores nos próximos anos. Um dos maiores jornais do mundo, Financial Times, se reestrutura com foco nas plataformas digitais.
Em 2010, o vídeo "A revolução das mídias sociais dizia que 24 dos 25 maiores jornais do mundo - e o Financial Times se inclui nessa lista - estava perdendo circulação a uma velocidade espantosa. E isso para ficar apenas nesses veículos...
O que acontece, é que o mundo está cada vez mais digital e é preciso se ater a isso. Parece uma frase batida, que há 10 anos atrás ouvíamos, mas que muita gente ainda não percebeu. Com a quantidade de informação que temos hoje em dia, está se criando um comportamento onde temos o desejo de saber tudo e agora. Não ter visto um vídeo no YouTube, como Gangstam Syte, por exemplo, é ficar fora da sociedade. As pessoas estão fazendo mais coisas nas mesmas 24h que há 20 anos atrás era possível fazer tudo e ainda sobrava tempo, estamos estudando mais, lendo mais, trabalhando mais e até nos exercitando mais, com isso, o tempo está diminuindo e por isso está se tornando um bem precioso.
Dessa forma, as pessoas não tem mais tempo a perder e a velocidade da informação está em um nível nunca antes visto, logo, somados esses 2 fatores percebemos o por que de mídias impressas como jornais e revistas estarem com a circulação tão em queda: tempo. Por exemplo, seu time joga nesse momento em que você lê esse artigo. Você vai esperar até o dia seguinte para saber se o time ganhou, quem fez os gols, como foi a partida? Não. Você vai ouvir o rádio. Mas e se você está no trabalho? Acessa a internet e pode ler uma narração minuto-a-minuto do site, ouve em um aplicativo de rádio, acompanha no Facebook os comentários e até consegue ver o gol, 5 minutos depois do mesmo ter saído.
No dia seguinte, o jornal vai apresentar as informações do jogo, claro, mas você já soube o que aconteceu, viu as imagens, os lances e até os comentários da partida, tanto dos profissionais como dos torcedores via Facebook. A mídia offline precisa, urgentemente, entender que o digital será o seu presente e não mais o futuro. Só para se ter uma ideia, o Brasil deverá ter mais de 100 milhões de smartphones até o final de 2013 e tablets terão seu recorde de vendas no país esse ano. Por que as pessoas compram smartphones ou tablets? Para consumir mídia! Seja aplicativo, notícia, foto, mapas, MP3, jogos. Tudo é mídia digital.
Ainda hoje, vemos os veículos patinando no digital. Aplicativos que não funcionam, textos longos que não são a linguagem da web, sites que abrem no celular mas não são desenhados para o celular, sites que só abrem no Explorer. Enfim, o digital não vai matar o offline, jamais, mas vai se tornar o principal ponto de contato entre a marca e seus leitores. E você, veículo, está preparado?
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