A fusão das regiões, implementada no update de 10 de outubro, está sendo amplamente criticada por jogadores e profissionais do cenário competitivo, que enxergam nela um verdadeiro golpe fatal para o game na região. A decisão dos desenvolvedores de unir os servidores de América do Sul (SA) com América do Norte (NA) - criando a nova região "AMER" - foi recebida com frustração e raiva, tanto pela comunidade casual quanto pelos grandes nomes do jogo.

A fusão de regiões: a pior ideia

Em agosto, os desenvolvedores notificaram a comunidade sobre a iminente fusão, programada para ocorrer em outubro, como parte da atualização tanto para PC (em 10 de outubro) quanto para consoles (em 17 de outubro). Na prática, isso significa que jogadores da América do Sul, que historicamente já sofrem com questões de infraestrutura e latência, agora serão forçados a competir em servidores localizados na América do Norte, aumentando significativamente o tempo de resposta e prejudicando a experiência de jogo.

Para se ter uma ideia do tamanho da polêmica, basta observar as reações de alguns dos principais nomes da comunidade. O streamer Netenho Cavalcante, um dos mais influentes criadores de conteúdo de PUBG no Brasil, foi direto ao ponto:

É uma declaração forte, mas que reflete o sentimento de uma boa parte dos jogadores. Netenho ainda acrescentou que considera essa mudança um desrespeito com os jogadores sul-americanos, e espera que a PUBG Corporation reveja a decisão antes que o estrago seja irreparável.

Streamers e profissionais não poupam críticas

A fusão das regiões foi alvo de duras críticas não apenas de jogadores sul-americanos, mas também de nomes influentes no cenário global. HollywoodBobLIVE, um streamer norte-americano bastante respeitado no ambiente competitivo, compartilhou seu descontentamento em uma thread detalhada no Twitter, lamentando a decisão dos desenvolvedores:

"Forçar os jogadores da SA a jogar nos servidores da NA via essa fusão de regiões é realmente um balde de água fria. O problema não é falta de jogadores, mas sim que a PUBG deveria encontrar maneiras de trazer de volta os antigos jogadores, ouvindo a base de usuários." Ele ainda acrescentou: "Agora, os jogadores da SA vão ser o 'alvo fácil', sofrendo com ping altíssimo e, quando eles desistirem, os servidores da NA voltarão à mesma situação de antes da fusão."

No Brasil, outros streamers expressaram frustração. ThugFaasT, por exemplo, classificou a atualização como a pior possível para os servidores da América do Sul: "Impossível dizer que agrega em algo. Erraram muito."

Já o influente Tecnosh declarou categoricamente que abandonará o PUBG se essa situação persistir: "Se o PUBG não voltar com isso e a gente precisar jogar lagado com 130+ de ping, eu largo o PUBG. Eu me recuso a jogar todas as partidas assim."

A fusão: uma solução ou um problema?

É claro que a fusão de servidores foi uma resposta à diminuição da base de jogadores em regiões isoladas. No entanto, a "solução" encontrada pelos desenvolvedores de PUBG parece ignorar que os jogadores sul-americanos terão de lidar com pings muito altos, gerando um desbalanceamento nas partidas e prejudicando a competitividade, tanto no cenário casual quanto no profissional.

Para muitos, isso soa como a última pá de cal no PUBG na América do Sul, uma região que já vinha sofrendo com pouca atenção dos desenvolvedores, infraestrutura limitada e falta de campeonatos locais.

O futuro do PUBG na região é incerto, mas a reação da comunidade é clara: a fusão de regiões foi um tiro no pé. E você, ainda joga PUBG? Como tem sido sua experiência após essa atualização? Compartilhe suas impressões!