O Brasil poderá receber futuramente uma fábrica da Qualcomm. Ela deverá ser construída em Campinas, e tem como objetivo ampliar a produção global de chips integrados. Para proporcionar um maior incentivo de chegada da fábrica, o governo brasileiro alterou um pouco as regras do PPB (Processo Produtivo Básico), o que deverá ser bom também para as fabricantes de smartphones.
As novas regras já foram publicadas no Diário Oficial da União na última terça-feira (11). A intenção é reduzir os gastos da produção de smartphones e aparelhos eletrônicos com acesso à internet no Brasil. As companhias, para conseguirem o desconto, precisam seguir uma série de regras, que incluem, por exemplo, os tipos de componentes usados.
As mudanças incluem as novas previsões de incentivos para fabricantes que usam o chip integrado, nomeado de System-in-Package (ou SiP), bem como atender um pedido antigo das empresas em relação à memória flash.
No que diz respeito ao uso de chips integrados, componente que a Qualcomm deverá fabricar em Campinas, o incentivo também será útil para o uso de chip comum, ou System-on-Chip (SoC). Assim, para 100 mil aparelhos com SiP, o governo dará incentivos fiscais extras para smartphones que chegam equipados com o SoC.
Em relação as memórias, com as regras anteriores, uma empresa recebia apenas incentivo fiscal de tivesse, ao menos, 60% dos aparelhos fabricados no ano corrente com memórias fabricadas localmente. Agora, a revisão cortou para 50% o percentual de celulares com memória nacional. Para os casos de 2016 e 2017, o corte foi de 50% para 30%.
As fabricantes argumentam que há escassez na produção de memórias flash no Brasil. Segundo as empresas, não havia componentes suficientes para conseguir atingir a meta, o que acaba prejudicando na busca por incentivos.
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