A Qualcomm, empresa especializadas em chips, revelou que irá construir a primeira fábrica de semicondutores para celular no Brasil, em Jaguariúna (SP). As operações devem ter início no ano que vem.
A unidade deverá empregar de 800 a mil pessoas, com um investimento em torno de US$ 200 milhões ao longo de 5 anos. A ideia é que a fábrica já entre na fase de testes no início de 2020 e comece a produzir chips no final do ano.
"É um dia histórico para o Brasil: o país deixa de ser apenas consumidor de smartphone para ser também um produtor. É uma aposta que fazemos no Brasil, que é uma grande nação em mobile, mas não produz nada, sobretudo no mercado sensível de semicondutor", diz Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm na América Latina.
Rafael Steinhauser disse ainda que a medida coloca o Brasil no mapa da cadeia de produção de semicondutores, trazendo know-how, mão de obra especializada e ainda outras vantagens para o setor de tecnologia do país. O executivo diz ainda que o Brasil é o quarto maior mercado consumidor de smartphones do planeta. Agora, porém, o país ocupará também o papel de produtor.
O presidente da Qualcomm na América Latina mencionou ainda que tempos atrás, 3% do valor de uma smartphone estava centrado no semicondutor, agora o número passou para 20%. Com a Internet das Coisas o número pode chegar a 50% do valor de um aparelho.
A novidade foi apresentada durante o evento promovido em parceria com a Asus.