Mesmo que a Qualcomm já esteja presente com seus chipsets em dispositivos com Windows como, por exemplo, o Surface Pro X, ainda podemos dizer que a empresa é praticamente inexistente na indústria de notebooks. Porém, de acordo com uma entrevista feita pela Reuters, o novo CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, tem planos para mudar isso.
Durante a entrevista feita com Cristiano pela Reuters, foi dito que a Qualcomm planeja desenvolver o melhor chip do mercado e superar os notebooks com os processadores Intel e o M1 da Apple. O motivo para a companhia achar isso é devido a aquisição de uma startup fundada por ex-funcionários da Apple que eram responsáveis pelo desenvolvimento de chips da fabricante de Cupertino.
Qualcomm quer lançar processador superior ao M1 da Apple
Em janeiro de 2021, a Qualcomm chegou a anunciar a aquisição da Nuvia por US$1,4 bilhão, uma startup fundada por três ex-engenheiros da Apple que possuem experiência na área de design de chips. A compra da empresa foi com o objetivo de começar a vender chips para notebooks projetados pela Nuvia em 2022.
Anteriormente, a Qualcomm chegou a vender chips licenciados pela ARM, mas esta última decisão foi uma grande mudança na estratégia da empresa. Cristiano diz:
"Precisávamos ter o melhor desempenho para um dispositivo movido a bateria. Se a Arm, com a qual temos um relacionamento há anos, eventualmente desenvolver uma CPU que seja melhor do que aquela que podemos construir nós mesmos, então sempre tem a opção de licenciar da Arm."
A questão da duração de bateria é algo que a Apple conseguiu grandes ganhos ao utilizar seus próprios chips nos notebooks. O MacBook Air com chip M1 consegue durar facilmente 14h enquanto o MacBook Pro com M1 dura 16h.
Qualcomm quer trazer o 5G para os notebooks
A entrevista da Reuters com a Qualcomm também fala sobre o 5G e a possibilidade de utilizar a tecnologia em notebooks. Isso daria uma grande vantagem sobre os dispositivos da Apple, já que ainda não vimos notebooks com 5G ou LTE. Entretanto, a Apple também está desenvolvendo seus próprios modems 5G.
De acordo com Cristiano Amon, os novos chips desenvolvidos serão feitos para notebooks ao invés de data centers. Porém, ele diz que não há também barreiras para se criar projetos para empresas interessadas no desenvolvimento de chips de computação em nuvem.
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