A Qualcomm está prestes a lançar o Snapdragon 8 Elite Gen 2, um dos chips mais avançados da sua linha, e já há preocupação com o impacto no preço dos smartphones no Brasil. Segundo rumores, o novo processador será até 20% mais caro que o modelo atual, seguindo uma tendência que já é motivo de reclamação entre fabricantes e consumidores.
Vocês geralmente criticam as marcas por usarem processadores mais antigos e ou de fabricação própria, mas é justamente essa manobra que ajuda a manter os já salgados preços de smartphones ainda "menos caros".
Com a fabricação baseada no processo N3P de 3 nanômetros da TSMC, o Snapdragon 8 Elite Gen 2 promete melhorias em desempenho e eficiência energética. As empresas que utilizam chips da Qualcomm já deixaram claro que não pretendem absorver o aumento no preço. Isso significa que o consumidor final, especialmente no Brasil, onde a carga tributária e os custos de importação são elevados, será o mais impactado.
Celulares topo de linha serão os mais afetados
Os smartphones topo de linha que chegam ao mercado brasileiro já possuem preços exorbitantes, muitas vezes ultrapassando os R$ 10 mil. Com o novo Snapdragon 8 Elite Gen 2, esses valores podem subir ainda mais, tornando dispositivos high-end inacessíveis para grande parte da população.
Se isso não bastasse, ainda estamos sofrendo com a alta do dolar (queda do Real) aqui no Brasil, que já impacta diretamente o custo dos eletrônicos. O resultado é um cenário em que celulares premium podem se tornar itens de luxo, disponíveis apenas para um público muito restrito.
Intermediários mais caros também
Não sei se você notou, mas os smartphones intermediários e mesmo até os mais acessíveis estão mais caros. Antes do Remessa Conforme, era possível encontrar vários aparelhos pela faixa de R$ 1000 - R$ 1400 importados, agora esses passam fácil de R$ 1.500, sendo basicamente o mesmo celular de antes. O que era para ser benéfico para o país, acaba privando os mais necessitados de poder usufruir de um bom smartphone custando menos.
Se essa tendência continuar, o brasileiro médio poderá ficar cada vez mais distante de dispositivos modernos e de alto desempenho, restringindo-se a opções mais básicas.
Testamos o Edge 50 Pro, temos um celular que antes era mais poderoso que o atual, mostrando que já estamos sofrendo com perda de performance e mantendo custo elevado.
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