Nesta sexta-feira (25), a Samsung acompanhou a condenação de seu VP, ele terá que passar cinco anos atrás das grades. O julgamento durou seis meses, e a justiça sul-coreana declarou Jay Y. Lee culpado pelos crimes de suborno, perjúrio, fraude e ainda pode esconder ativos fora do país.
Lee, de 49 anos, acaba de se tornar um marco importante no país, mesmo que alguns magnatas já tenham sido condenados, a Coreia do Sul costuma oferecer perdões presidenciais em razão da estabilidade econômica.
Entenda o caso
Jay Y. Lee é vice-presidente da Samsung. Já o seu pai, Lee Kun-hee, o presidente da Samsung, porém como está incapacitado devido a um ataque do coração sofrido em 2014, teve os seus poderes transferidos ao filho.
O executivo acabou sendo condenado, por subornar Park Geun-hye (ex-presidente da Coreia), para receber apoio governamental em um plano para unir as afiliadas da Samsung em 2015. Lee teria solicitado que as subsidiárias da Samsung fizessem doações milionárias à família de Choi Soon-sil, que é confidente da ex-presidente, e também a duas funções controladas pela mesma Choi.
De acordo com os investigadores, Park Geun-hye, quando ainda estava no poder, e Choi Soon-sil conspiraram para obter milhões não somente da Samsung, mas ainda de várias outras companhias locais.
A Samsung foi a responsável por dar a maior contribuição, cerca de US$ 17 milhões às fundações e ainda assinou um contrato de US$ 18 milhões com uma companhia de gerenciamento esportivo alemão que era controlado por Choi. Para completar, a Samsung repassou US$ 1,3 milhão a um programa de esportes de inverno controlado por Choi e seus netos.
O caso pode ainda não ter chegado ao fim, em uma declaração repercutida pela Reuters, o advogado de Lee, Song Wu-cheol, diz que pretende apelar da decisão. "O veredito todo é inaceitável", disse ele.