Lançado no mês de novembro do ano passado pela Samsung, o Galaxy M51 é a proposta da empresa para os usuários que buscam um smartphone que seja potente, moderno e que tenha uma boa autonomia de bateria, ficando até 3 dias longe da tomada em uso moderado. Comparando o hardware com o preço é possível dizer que o M51 possui uma relação custo-benefício interessante, principalmente pelo fato de que os aparelhos da fabricante sul-coreana desvalorizam absurdamente rápido, com isso fazendo com que alguns meses após o lançamento o celular esteja sendo vendido por um preço mais barato.
Intermediário ou topo de linha?
O Galaxy M31 traz o processador Qualcomm Snapdragon 730, que é considerado um "intermediário premium" e não se encaixa como topo de linha. O flagship da marca para este ano é o S21 Ultra, modelo que trouxe uma série de novidades, como a S Pen e o chipset Snapdragon 888, versão que também está presente em concorrentes, como o Mi 11, smartphone lançado pela Xiaomi no final de dezembro de 2020.
Tela
Apesar de não ser o ponto principal do M51, a tela do aparelho é do tipo Super AMOLED Plus, 6,7 polegadas e resolução FHD+ (2400 x 1080). O display ainda conta com a proteção Gorilla Glass 3, sendo inferior ao que encontramos em outros dispositivos da sul-coreana. O Note 20 Ultra, por exemplo, dispõe da proteção Gorilla Glass Victus, que proporciona uma maior segurança contra quedas e arranhões.
Por aqui não temos uma tela com taxa de atualização de 120 Hz, recurso que está sendo implementado pelas fabricantes - incluindo a Samsung - e que proporciona maior fluidez durante a execução de determinados aplicativos ou jogos compatíveis com essa frequência. É plenamente compreensível que o M51 não disponha do 120 Hz por não ser um flagship, dessa forma direcionando os usuários a adquirirem o modelo mais básico da linha S21.
Quanto ao design, o M51 é bonito e traz tela com bordas finas, tanto nas laterais quanto na parte inferior. No topo está localizado o sensor da câmera principal no formato circular, evidenciando que a fabricante abandonou de vez o notch retângular ou em gota.
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Câmeras
O conjunto quádruplo de câmeras traz um sensor principal de 64 MP (f/1.8, 26mm (wide), 1/1.72, 0.8µm e PDAF), ultrawide de 12 MP (f/2.2, 123º e 12mm), macro de 5 MP (f/2.4) e profundidade de 5 MP e abertura f/2.4. A câmera frontal possui 32 MP.
O sistema de multicâmeras permite com que o usuário faça fotografias utilizando o amplo campo de visão proporcionado pela lente grande-angular ou realize disparos em objetos próximos com o sensor macro, que segundo a fabricante "reaça todos os detalhes da imagem".
Processador
O Snapdragon 730 é um Octa-Core com frequência máxima de 2,2 Ghz, com isso proporcionando um desempenho satisfatório em tarefas do dia a dia ou jogos pesados, por exemplo. Na nossa série "Roda Liso" o aparelho recebeu o selo Roda, com isso mostrando ser capaz de todas títulos como Fifa 2021, Free Fire e Asphalt 9 com os gráficos no médio.
Nos testes de benchmark o smartphone ficou a partir da vigésima posição, perdendo para modelos como o Motorola One Fusion, Galaxy A80 e Poco X3. Não foi um desempenho ruim, longe disso, mas pelo preço de lançamento esperávamos muito mais.
AnTuTu Benchmark
# | Celulares | Pontuação | Temperatura | Preço |
---|---|---|---|---|
1° | ASUS ROG Phone 5s Pro | 848.123 | 40°C | R$ 8.499,00 |
2° | Realme GT 5G | 831.696 | 42ºC | n/d |
3° | Motorola Edge 20 Pro | 704.545 | 36°C | R$ 2.630,00 |
4° | Samsung Galaxy Z Fold3 5G | 692.120 | 35ºC | R$ 4.499,87 |
5° | Samsung Galaxy Z Flip3 5G | 691.655 | 33°C | R$ 3.328,98 |
51° | Samsung Galaxy M51 | 227.654 | 36ºC | R$ 3.944,25 |
» Ranking AnTuTu completo aqui.
A placa de processamento gráfico que integra o chipset é a Adreno 618, que é capaz de aumentar em até 25% o desempenho em jogos. Além disso, o M51 possui 6 GB de memória RAM e 128 GB de armazenamento interno, que embora pareça pouco pode ser expandido para até 1 TB utilizando um cartão MicroSD.
Bateria
Chegou a hora de falar dela, a bateria monstruosa do Samsung Galaxy M51. A autonomia é tão grande que até surpreendeu durante os nossos testes em jogos, alcançando às 7 horas de jogatina contínua, algo que é bem acima da média dos demais aparelhos, incluindo modelos carro-chefes.
A bateria possui 7.000 mAh de capacidade e infelizmente traz um carregador de apenas 25W, algo que é inconsebível para um celular lançado neste ano. A empresa poderia ter fornecido um carregador de no mínimo 30W, mas não podemos reclamar, pelo menos o carregador está incluso na caixa.
Dependendo do perfil de uso é possível utilizar o aparelho por até três dias com uma única carga. Vale ressaltar que o M51 não possui suporte para carregamento reverso ou sem fio.
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Especificações:
- Sistema: One UI 2.1 e Android 10
- Processador: Qualcomm Snapdragon 730
- Memória RAM: 6 GB
- Armazenamento: 128 GB
- Tela - Tipo: Super AMOLED Plus
- Tela - Tamanho: 6.7
- Tela - Resolução: 2400 x 1080
- Câmera principal: 64 MP, f/1.8, 26mm (wide), 1/1.72, 0.8µm e PDAF
- Câm. Selfie: 32 MP, f/2.0, 26mm (wide), 1/2.8
- Bateria: 7000 mAh
- Carregador: 25W
Samsung Galaxy M51 - Veja aqui a ficha técnica completa
Preço e disponibilidade
Atualmente é possível encontrar o smartphone por R$ 1.650 em algumas promoções, porém o preço de lançamento ultrapassou os R$ 2.500.
Vale a pena comprar?
Essa é uma pergunta relativa, variando do seu gosto pela marca, tipo de uso (pessoal, trabalho, fotografia, jogos, etc) e valor que está disposto a desembolçar em um celular novo. Bem, de forma geral, se o aparelho for encontrado custando até R$ 1.650 é um ótimo custo-benefício, principalmente se o foco for uso pessoal.