Na quarta-feira (13), o Departamento de segurança Interna dos Estados Unidos (DHS, na sigla em inglês) publicou uma normativa que determina que nenhuma agência governamental faça uso das soluções da Kaspersky no país.
A responsável por assinar a decisão é a secretária interina da pasta, Elaine Duke, que deixou claro que a medida está relacionada ao temor de que a companhia, que possui origem russa, possa repassar informações sensíveis dos Estados Unidos ao governo da Rússia.
"Esta ação é baseada em riscos de segurança da informação apresentados pelo uso de produtos da Kaspersky em sistemas de informação federais", justificou.
"O departamento está preocupado com os laços entre certos oficiais da Kaspersky e a inteligência de outras agências governamentais russas, e [com] requisitos sob a legislação russa que permitem a agências de inteligência russas requisitar ou forçar assistência da Kaspersky e interceptar comunicações transitando pelas redes russas."
"O DHS está fornecendo uma oportunidade para que a Kaspersky submeta uma resposta escrita relacionada às preocupações do departamento ou mitigue tais preocupações", complementou Duke. "O departamento quer assegurar que a companhia tenha toda oportunidade de informar à secretária interina sobre qualquer evidência, material ou dado que seja relevante. Esta oportunidade também está disponível a qualquer outra entidade que reivindique que seus interesses comerciais serão diretamente impactados pela diretiva."
Agora, os órgãos associados ao governo possuem 30 dias para identificarem a presença de produtos da empresa em seus sistemas. Além disso, foram dados 60 dias para desenvolver planos detalhados sobre a remoção de tais soluções e ainda 90 dias para iniciar a implantação dos planos de exclusão.
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