Pesquisadores em segurança digital dizem que hackers infectaram iPhones com spyware por mais de dois anos, o que representa uma falha de segurança alarmante para uma empresa cujo cartão de visitas é privacidade.
Basta uma visita a sites contaminados para infectar um iPhone com um spyware, capaz de enviar mensagens de texto, email, fotos e dados de localização em tempo real do proprietário do smartphone aos espiões cibernéticos.
"Esse é definitivamente o incidente mais grave de hackers com o iPhone que se tem conhecimento, tanto por causa do direcionamento indiscriminado quanto pela quantidade de dados comprometidos", disse Jake Williams, presidente da Rendition Security.
A última das vulnerabilidades foi corrigida pela Apple em fevereiro, mas somente depois que milhares de usuários do iPhone foram expostos, por mais de dois anos.
Spyware que infectava iPhones pode ter sido usado para espionagem política
Os pesquisadores não identificaram os sites que foram usados para propagar o spyware ou sua localização. Eles também não revelaram quem estava por trás da espionagem cibernética ou qual foi a população-alvo, mas afirmaram que a operação tinha as características de um esforço do Estado-nação.
Williams disse que o spyware não foi escrito para transmitir dados roubados com segurança, indicando que os hackers não estavam preocupados em serem pegos. Isso sugere que um estado autoritário estava por trás disso. Ele especulou que provavelmente estava sendo usado para atacar dissidentes políticos.
Os dados confidenciais acessados pelo spyware incluíam mensagens de texto do WhatsApp, iMessage e Telegram, Gmail, fotos, contatos e localização em tempo real, essencialmente todos os bancos de dados no smartphone da vítima.
Embora os aplicativos de mensagens possam criptografar dados em trânsito, eles podem ser lidos nos iPhones.
Via nytimes
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