Noticiamos aqui mesmo, no final de 2017, que em teste, uma urna eletrônica havia sido hackeada, o objetivo do teste era exatamente descobrir se havia falhas no sistema de proteção das urnas.
Quem curte tecnologia e consome conteúdo a respeito, sem dúvida alguma, sempre ficou com a pulga atrás da orelha a respeito da segurança que envolve todo o processo eleitoral brasileiro e a urna eletrônica. Do outro lado, pessoas que mal sabem lidar com seus controles remotos em casa, apesar de não terem conhecimento a respeito, se incomodam e geralmente questionam "o que essa máquina faz", isso segue ocorrendo ainda hoje. Você duvida? Basta olhar ao redor, principalmente pessoas humildes e de melhor idade utilizando seus smartphones.
Testes públicos de segurança para as urnas eletrônicas
O teste público realizado em dezembro de 2017, voltou aos holofotes recentemente devido a proximidade das eleições de 2022. Na época, o Tribunal Superior Eleitoral organizou o teste em Brasília e, uma das urnas não passou no teste, já que foi hackeada. Na ocasião, o coordenador de sistemas eleitorais do TSE, José de Melo Cruz, comentou que técnicos que participaram do teste conseguiram encontrar vulnerabilidades.
Porém vale lembrar que José de Melo Cruz disse, "Eles não tiveram acesso a dados do eleitor, tiveram acesso ao ‘log’, que registra tudo que ocorre a cada clique na urna eletrônica. E conseguiram acesso ao RDV (Registro digital do Voto), foi possível ler, mas não alterar o conteúdo". Resumindo, só foi possível acessar os dados, não alterá-los.
Segundo o TSE, a falha ocorreu depois de uma atualização do sistema operacional das urnas e já estava sendo corrigida. Note, reforçando, segundo o próprio TSE a falha ocorreu.
Vulnerabilidade das urnas
O nome do ex-professor da UNICAMP, Diego Aranha também voltou a circular, já que o mesmo defendia o voto impresso. No final de maio de 2018, quase 6 meses depois do teste público das urnas eletrônicas, Diego se pronunciou dizendo que "as urnas eletrônicas são vulneráveis e podem ser hackeadas."
Vale lembrar que, mesmo com aprovação no Congresso Nacional desde 2015, a adesão ao voto impresso foi derrubada pelo Superior Tribunal Federal (STF) na ocasião, em uma decisão de 8 votos a 2. Parece que a história está se repetindo agora com os mesmos personagens.
Nota de esclarecimento do TSE não cita invasão
Contudo, já em 2020, o TSE emitiu uma nota de esclarecimento a respeito do ocorrido, você pode ler aqui. Mas existe um porém, na nota de esclarecimento não há menção ao problema da urna eletrônica que foi hackeada.
Existem algumas informações, uma sobre o TSE e as Forças Armadas, outra, sobre um depoimento dado em 2018 por um professor de Ciência da Computação da Universidade de Brasília (UnB), que em audiência no Congresso, criticou a contratação das impressoras para as urnas eletrônicas. Na época ainda era vigente a lei que garantia o voto impresso, derrubada depois pelo STF.
Voto eletrônico ou impresso?
A dúvida sobre segurança sempre virá à tona, independente do tipo de voto, desde a lembrança dos votos de "cabresto" (ainda existentes em alguns lugares), até a possibilidade de sistemas complexos serem crackeamento. Então, seja no papel ou eletrônico, nada é infalível. Mas e você, o que acha disso? Deixe sua opinião no campo de comentários.
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