Com o aumento de vídeos manipulados por inteligência artificial (IA), conhecidos como deepfakes, a preocupação com a desinformação e a segurança na internet cresce a cada dia. Gabriel Gomes de Oliveira, especialista e membro do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), explica como identificar esses vídeos falsos e proteger sua privacidade no mundo digital. Veja também a polêmica envolvendo os anúncios no X e YouTube.

O que são deepfakes?

Deepfakes são vídeos ou áudios criados por IA que parecem reais, mas na verdade foram manipulados. Eles podem ser usados para enganar as pessoas, espalhar notícias falsas e até causar problemas de segurança. Gabriel Gomes de Oliveira alerta que esses vídeos estão se tornando cada vez mais difíceis de detectar, pois a tecnologia usada para criá-los está evoluindo rapidamente.

Como identificar vídeos falsos

Para ajudar você a reconhecer um deepfake, o especialista sugere observar alguns detalhes:

  • Inconsistências na imagem: Preste atenção em pequenos erros na imagem que não estariam em um vídeo verdadeiro.
  • Iluminação estranha: Se a luz no vídeo parece mudar de forma não natural, isso pode ser um sinal de manipulação.
  • Movimentos não naturais: Movimentos muito rápidos ou que parecem "mecânicos" podem indicar um vídeo falso.
  • Mudanças no tom de pele: Alterações repentinas na cor da pele podem ser um indício de deepfake.
  • Piscadas dos olhos: Se a pessoa no vídeo pisca menos do que o normal, isso pode ser um sinal de que o vídeo é falso.
  • Sincronia labial: Se os lábios da pessoa não se movem de acordo com o que ela está dizendo, é provável que o vídeo tenha sido manipulado.

Proteção da privacidade em tecnologias avançadas

Além de aprender a identificar deepfakes, é importante proteger sua privacidade, especialmente com o uso crescente de tecnologias como realidade aumentada (RA) e virtual (RV). Essas tecnologias coletam muitos dados pessoais, o que pode representar riscos à sua segurança.

Para se proteger, o especialista recomenda:

  • Revisar sistemas e infraestrutura: Verifique regularmente a segurança dos sistemas que você usa para corrigir qualquer vulnerabilidade.
  • Usar dados seguros: Certifique-se de que todas as informações que você compartilha são seguras e confiáveis.
  • Contratar especialistas em cibersegurança: Eles podem ajudar a proteger suas informações e sistemas contra ataques.
  • Investir em treinamento: Aprenda e ensine aos outros como se proteger online.
  • Monitorar e analisar dados: Fique atento a qualquer sinal de que suas informações podem estar sendo usadas de forma inadequada.

Oliveira destaca que a educação e a conscientização sobre segurança na internet são essenciais para garantir que todos possam usar as novas tecnologias de forma segura.

O que mais você acha que pode ser feito para se proteger dos deepfakes? Deixe seu comentário!