A questão ainda está longe de ter um fim, porém, uma nova batalha foi vencida por aqueles que acreditam que os celulares não fazem mal para os humanos. Isso porque o Programa Nacional de Toxicologia dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (ou US National Institutes of Health's National Toxicology Program, no original) publicou detalhes de estudos preliminares que sugerem que os níveis normais de radiação emitida pelos smartphones não são prejudiciais à nossa saúde.
A pesquisa submeteu ratos a níveis muito elevados de radiação RF (radiofrequência) em frequências celulares 2G e 3G e concluiu através dos resultados que não havia um padrão claro de danos, mesmo nos níveis de radiação exagerados, muito mais do que os nossos aparelhos emitem no dia a dia.
Em um estudo, alguns ratos machos submetidos à radiação desenvolveram tumores de câncer ao redor de seus corações, já as fêmeas não. Além disso, em um outro estudo nenhum dos sexos apresentou qualquer tipo de sintomas. Sim, isso nos deixa numa situação bastante estranha, caso você esteja se perguntando.
Até o momento tanto os ratos recém-nascidos como suas mães tiveram peso reduzido, mas cresceram para tamanhos normais, além disso os ratos expostos viveram mais do que aqueles que não o tinham nenhuma influência radioativa. E novamente, estas estão em taxas de exposição que são muito mais altas do que o atual padrão de segurança de celular, conforme a Food and Drug Administration (que encomendou a pesquisa e é tipo a Anvisa americana).
Em seus comentários sobre o estudo, a FDA enfatizou que o estudo não reflete perfeitamente o que pode acontecer em experiências humanas além dos níveis de exposição, já que os testes foram feitos somente em ratos que, por serem claramente muito menores do que os seres humanos, estão suportando aquela radiação intensa de um modo distribuído e uniforme em todo o seu corpo, enquanto que no nosso caso os níveis de radiação se concentram perto das orelhas ou coxas.
Outro alerta é que estas radiações aplicadas nos testes não incluem as frequências 4G, ou seja, qualquer risco não presente anteriormente, agora não pode ser descartado com uma conexão LTE.
Mas voltando ao início do texto e ao mais importante: Os resultados não são totalmente concludentes. Outros estudos deverão ser terminados para que diferentes avaliações externas mostrem seu ponto de vista sobre os resultados obtidos pela FDA. No entanto, os dados iniciais mostram exatamente porque não há um aviso sobre segurança nos celulares. Testes de laboratório podem dizer muito enquanto que os testes de longo prazo tendem a fornecer resultados ambíguos e incompletos.
Por enquanto vamos nos agarrar ao lado positivo: Estes últimos estudos nos dizem que não temos o que temer. Pelo menos a curto prazo.