Na semana passada ocorreu algo inusitado, os redatores do site PC Magazine enviaram um smartphone Huawei P30 de seu escritório no Reino Unido para outro escritório localizado nos EUA e se surpreenderam com o que aconteceu. Quem enviou o telefone identificou o aparelho no pacote com o número IMEI, ficando fácil de identificar que o que havia dentro era um celular da Huawei. Quando estava para finalizar o envio no seu destino, a empresa FedEx resolveu barrar o envio e retornou o pacote para o país de origem.
De acordo com o anexo que veio junto com o pacote quando retornou para o endereço do remetente, houve um problema caracterizado como "questão do governo dos EUA com a Huawei e o governo da China". Porém, o problema é que não existe uma lei que impeça o envio de uma mercadoria da fabricante chinesa para os EUA. A FedEx simplesmente decidiu que não aceitaria o pacote.
This is totally ridiculous. Our UK writer tried to send us his @HuaweiMobile P30 unit so I could check something - not a new phone, our existing phone, already held by our company, just being sent between offices - and THIS happened @FedEx pic.twitter.com/sOaebiqfN6
— Sascha Segan (@saschasegan) 21 de junho de 2019
Sempre detalhistas, a equipe do PC Magazine entrou em contato com a UPS que respondeu dizendo que poderia mandar o smartphone sem nenhum problema. Além disso, foi checado também com a própria Huawei se haveria algo que realmente barrasse por algum motivo e segundo a empresa o que houve foi uma completa má interpretação por parte da FedEx.
No último sábado, a FedEx emitiu um comunicado reconhecendo o erro falando que pode:
"aceitar e transportar todos os produtos da Huawei, exceto quaisquer remessas para as entidades listadas da Huawei na lista de Entidades dos EUA." Mas a empresa também culpou outras pessoas, dizendo que "o retorno ao rótulo do remetente não foi gerado pela FedEx."
Observa-se que a mensagem escrita pela empresa de transporte privado ficou confusa (orgulho talvez?). Ao que parece, a empresa utilizou de sua política para manter-se, a todo custo, longe do problema de conflito entre os EUA, a China e a Huawei. Porém, isso não tira o fato de que é muito frustrante uma empresa de transportes tomar tal atitude sem nenhum motivo claro para isso (baseado em leis).
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