A Asus costuma dar a sua linha "Zenfone Max" uma posição de maior liberdade no cronograma de lançamentos. Dessa forma, novas versões desses aparelhos, caracterizados pela bateria avantajada, surgem com intervalos menores e não padronizados. O Zenfone Max Pro (M1) foi anunciado no primeiro semestre de 2018 e trazido ao Brasil junto com o carro-chefe Zenfone 5, no segundo semestre. Ocorre que, ainda no fim do ano passado, a fabricante disponibilizou o Zenfone Max Pro (M2) lá fora, com alterações no design e upgrade no processador. Os brasileiros, que parecem ter aprovado o M1 pelo bom custo-benefício, ficaram na expectativa de receber a nova versão, que nunca chegou. Até agora.

Temos em mãos o Zenfone Max Pro (M2), um não-tão-novo, mas interessante smartphone que começa a ser vendido oficialmente no Brasil dia 16.

O atraso dessa estreia fica evidente em dois aspectos: o Max Pro (M2) ainda tem um recorte superior em seu display que, embora menor que o do Zenfone 5, é claramente maior que a média atual em Androids dessa categoria. Além disso, ele traz uma porta de dados do tipo micro USB, e não a já frequente USB-C. O quanto isso é importante? Vai do gosto do cliente, mas eu diria que pouco ou nada. Este é um aparelho bonito, com traseira exuberante em plástico que imita vidro e painel (6.26" @ 1080 x 2160) de boa qualidade.

Infelizmente, ele não vem com capinha inclusa na caixa (vem com fones de ouvido), mas a pegada sem ela é mais segura que a oferecida por uma traseira de vidro. O plástico aqui tem boa aderência e é confortável. O conforto é auxiliado pela leve curvatura das bordas traseiras, que melhora a ergonomia e me lembrou as do Galaxy S7. Vale notar que, em cima de superfícies lisas, este ainda é um telefone escorregadio.

Assim que foi ligado pela primeira vez, o aparelho apresentou uma atualização com mais de 1GB que o trouxe para o Android P, fazendo o que se espera nessa altura do campeonato. A interface segue um estilo que a Asus chama de "a experiência do Android puro", pois traz visual idêntico ao do sistema sem personalizações. E, de fato, há poucas, sendo as mais notáveis a tela de configurações iniciais do sistema e o aplicativo de câmera. Nada de aplicativos desnecessários ocupando a memória por aqui, felizmente.

O Max Pro (M2) chega, inicialmente, em versões com 64GB e 128GB de armazenamento - o slot de expansão suporta 2 chips mais o cartão de memória. O processador é o bem provado Snapdragon 660 com 4GB de memória RAM. É uma configuração perfeitamente dentro dos parâmetros para um "intermediário intermediário", e deve entregar performance mais que suficiente para a grande maioria dos usuários. Em meu primeiro dia usando-o, a abertura e troca de apps acontece com esperada agilidade. A enorme bateria de 5000 mAh inspira os melhores prognósticos sobre autonomia, essas conclusões serão feitas em breve.

O leitor de impressões digitais fica na traseira e, se não é o mais rápido já visto, tem se mostrado confiável. Aliás, considerando que leitores embutidos na tela ainda não são um primor, é ótimo que esse smartphone traga um mais clássico, capacitivo. Completam as especificações um alto-falante mono na parte inferior e um plug P2 para fones de ouvido.

Capturei algumas fotos com o Zenfone Max Pro (M2), e os comentários serão feitos no review completo. Mas já adianto alguns resultados para que façam uma avaliação inicial. Elas foram registradas após a atualização para o Android P. As lentes traseiras têm 12MP f1.8 e 5MP f2.4 (apenas para modo retrato). A frontal tem 13MP f2.0.


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Apesar da demora, foi muito bom a Asus ter decidido lançar esse aparelho em nosso território. Ele é bonito, tem especificações interessantes e bateria avantajada, o que o coloca numa ótima briga neste segmento. A fabricante não costuma vacilar no posicionamento de preço e, quando ele for revelado na segunda, poderemos confirmar a condição de bom concorrente do M2.