Durante todo o ano, centenas de celulares foram lançados no mercado, alguns deles que inclusive passaram por aqui nos testes e reviews do Oficina da Net. Dentre todos os lançamentos, algumas fabricantes foram mais ousadas e lançaram modelos de smartphones com recursos nunca antes vistos, ou que pelo menos não eram tão populares. Com o final de ano se aproximando, é hora de relembrar quais foram as tecnologias que devem ficar ainda mais comuns em 2022.
5 tecnologias que se popularizaram nos celulares em 2021
Confira abaixo as cinco tecnologias que se tornaram populares nos smartphones lançados neste ano e que devem projetar os lançamentos do ano que vem.
Tela com alta taxa de atualização
As altas taxas de atualização tem como principal objetivo promover imagens mais fluidas, dando a impressão que tudo é reproduzido de forma mais leve. Por padrão, as telas mais básicas contam com a taxa de atualização padrão em 60 Hz, mas hoje já é possível encontrar modelos com 90 Hz, 120 Hz e até 144 Hz — quanto maior o número, melhor.
Em 2019, os altos padrões eram apenas um agrado em modelos topo de linha do mercado, ganhando mais força em 2020, e ainda mais comum em modelos básicos de 2021. Hoje em dia, modelos da linha Moto G e Galaxy M já contam com 90 Hz nativo. Lançado em 2021, o iPhone 13 Pro Max se tornou o primeiro modelo da Apple a contar com 120 Hz. Esse é um grande avanço, especialmente para quem está acostumado apenas com o básico 60 Hz.
É óbvio que modelos com essa tecnologia oferecem maior fluidez de imagem, mas também custam mais caro. Para compensar as especificações e manter um preço acessível, as fabricantes optaram por preservar a resolução em padrões mais básicos, como em HD.
De toda forma, a tendência é que modelos com alta taxa de atualização fiquem mais comuns em 2022, inclusive os mais populares do mercado, como as linhas que oferecem um alto custo-benefício. Naturalmente, qualquer pessoa que vai comprar um celular novo hoje em dia leva em consideração uma tela com pelo menos 90 Hz de taxa de atualização.
Carregamento rápido
Contando que hoje em dia ninguém consegue ficar longe do celular, as fabricantes precisaram se adaptar para atender o público que procura um smartphone com um bom tanque energético. Com isso, os modelos de entrada e intermediários possuem baterias extremamente parrudas, como o Galaxy M62 que possui incríveis 7.000 mAh.
Mas é óbvio que para carregar completamente uma bateria desse tamanho, seria exigido um tempo consideravelmente maior quando utilizado um carregador comum. Para acelerar esse processo, as fabricantes popularizaram uma tecnologia de carregamento realmente rápido. As marcas chinesas vêm se destacando nesse sentido, oferecendo quase ou mais de 100 W para os seus celulares.
Boa parte dos lançamentos atualmente contam com pelo menos 25 W para carregamento. Mesmo assim, já é possível encontrar modelos com muito mais que isso, como o Moto G60s que conta com 50 W, o Realme 7 Pro que oferece 65 W e até o Redmi Note 11 Pro Plus que conta com suporte a 120 W. Todos eles podem ser recarregados completamente em menos de uma hora, ou pouco mais que isso.
A má notícia é que cada vez mais as marcas estão tirando o carregador da caixa e oneram o consumidor com esse acessório. O problema é que isso obriga o usuário a comprar um carregador separadamente, e mesmo que um celular conte com a tecnologia de carregamento rápido, se não houver um carregador compatível, a bateria vai ser recarregada lentamente.
5G
Existem muitos países no exterior que já falam e usam a conectividade de quinta geração há algum tempo, mas só em 2021 a tecnologia foi aprovada pela Anatel no Brasil, dando o direito das fabricantes a criarem toda a infraestrutura desta tecnologia no país. Embora ainda não esteja totalmente desenvolvida, diversos modelos disponíveis no mercado brasileiro já contam com suporte ao 5G.
Essa tecnologia se tornou o grande diferencial dos modelos mais recentes, o que fez os fabricantes de smartphones criarem versões diferentes de um mesmo modelo, porém um com suporte ao 5G e outros apenas ao 4G. Ao longo de 2020, vimos que flagships receberam esse recurso, mas em 2021, até modelos básicos, como o Galaxy A13 da Samsung, contam com essa tecnologia disponível.
A linha Redmi, uma das mais populares da Xiaomi, já oferece vários modelos com suporte a tecnologia de quinta geração, bem como a linha Moto G da Motorola, e a Realme, fabricante chinesa que mais cresce no mercado de smartphones. A tendência natural é que isso se torne cada vez mais comum em 2022, já que o 5G é a tecnologia do futuro e que simplesmente está ligada à conectividade, algo essencial em celulares.
Câmera de zoom óptico
O departamento de câmeras deve ser atualmente o principal divisor de águas entre as categorias de smartphones intermediários e topo de linha. Dentre os mais avançados recursos, está a lente para zoom óptico. Em épocas mais recentes, apenas os modelos mais robustos contavam com esse recurso no seu sistema de câmeras.
Porém, isso começou a mudar quando as empresas começaram a adaptar esse recurso em modelos intermediários. Em 2019, por exemplo, a Xiaomi tentou democratizar a tecnologia com o seu Mi Note 10. Logo depois, a Motorola também entrou na onda e lançou o One Zoom com aproximação óptica de 3x. Em 2021, a Samsung lançou o Galaxy A72 com essa função, além da própria Motorola que trouxe o Edge 20 com o sistema de aproximação óptica.
Ao que tudo indica, a câmera de zoom óptico pode ficar ainda mais popular, podendo chegar até mesmo em modelos de um orçamento mais apertado. A boa notícia é que de um modo geral, isso vai viabilizar as novas versões desta mesma tecnologia, podendo garantir um zoom mais simples nos modelos de entrada, e o mais sofisticado com lentes periscópicas nos modelos topo de linha.
Câmera sob a tela
As fabricantes sabem que nem todo mundo é adepto ao furo na tela para inserir a câmera frontal nos celulares. Alguns modelos integram uma espécie de notch com formato de gota ou de uma pílula, que pode deixar o visual mais bonito, mas não aproveita 100% da área frontal. Em meio a esse cenário, as empresas tentaram implantar um sistema de câmera flip, que ejeta a lente no topo do aparelho apenas quando necessário, ou versatilizando o conjunto traseiro para o lado frontal.
O método mais recente que vimos ser implementado em 2021 foi o sistema de câmeras escondidas sob a tela. A lente continua inserida por trás da tela, mas sem nenhum tipo de orifício, o que disfarça a sua presença em uma tela que não perde nada de aproveitamento.
O primeiro modelo a chegar com essa tecnologia foi o ZTE Axon 20, porém funcionou mais como um protótipo, já que apresentou uma série de problemas. Alguns meses mais tarde, podemos dizer que a tecnologia amadureceu melhor, especialmente com os modelos Xiaomi Mix 4 e Galaxy Z Fold 3.
Ainda há muito o que melhorar, especialmente pela qualidade das selfies que os aparelhos oferecem, mas o fato de já haver opção para o consumidor é positivo. Os rumores mais recentes indicam que o Xiaomi 12, próximo flagship da chinesa, virá também com essa tecnologia de câmera escondida na tela.
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