A Polícia Federal vai contar com a ajuda de um software chamado NuDetective, uma nova ferramenta desenvolvida pelos próprios peritos da Polícia Federal em Campo Grande (MS), para identificar fotos e vídeos de pornografia infantil em dispositivos de suspeitos.
Um dos desenvolvedores do software, Pedro Monteiro disse ao lado do seu companheiro do projeto Mateus de Castro que "O suspeito não precisa compartilhar as imagens para responder criminalmente. Basta ter fotografias e filmes que exponham crianças para ser responsabilizado".
Além disso, os peritos ressaltaram que o software pode ser utilizado inclusive no momento em que estão cumprindo mandato de busca e apreensão, no próprio local do crime. A ferramenta vasculha desde HDs externos até o armazenamento interno de dispositivos móveis em busca de vídeos e imagens, além de pendrives e cartões de memória.
"Identifica os arquivos mais prováveis de conterem pornografia infantojuvenil, através da utilização de quatro técnicas [análise de imagens, de vídeos, de hash e de nome] que são utilizadas conjuntamente, de forma combinada. Cabe ao perito visualizar os arquivos trazidos pela ferramenta e definir se é pornografia", explicou Monteiro.
Os peritos informaram que o NuDetective leva apenas 15 minutos para analisar se um dispositivo possui ou não pornografia, os resultados são obtidos rapidamente, o que possibilita que o perito determine crime antes mesmo de aguardar o fim das buscas, através das imagens e vídeos apresentados pelo software.
Como o software funciona?
De acordo com os peritos, a taxa de sucesso de identificação é de 95% para fotos, enquanto que para vídeos com pedofilia é de 85%. Isso porque o software par funcionar utiliza a identificação por intermédio de pixels de pele e geometria computacional. Desta forma, após a análise os nomes dos arquivos são averiguados, quando o valor hash, impressão digital do arquivo é comparado com uma lista de valores e o programa extrai frames de vídeos para detecção de nudez.
No entanto, o software pode ser utilizado somente por autoridades e também por instituições públicas. Mais de 300 pedófilos já foram identificados a partir da utilização deste software, afirmaram Monteiro e Castro.
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