Os cientistas ainda não têm certeza de como a água chegou ao nosso planeta. Até então, muitas teorias existem sobre o assunto, porém, nenhuma confirmada. A novidade da vez é que, pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, podem estar um pouco mais próximos de descobrir como os oceanos chegaram realmente a Terra.
A pesquisa, através de experimentos com um canhão de projétil de alta potência, revelou como impactos de asteroides ricos em água podem fornecer grandes volumes para os corpos planetários. A pesquisa também contribuiu para explicar a detecção de alguns vestígios de água na Lua e também em outros locais, como por exemplo, em umas das luas de Saturno, que pode conter água em estado líquido.
Uma das teorias até então mais aceitas é de que a água foi trazida para o nosso planeta por cometas, protoplaneta, e outros planetas que viajaram pelo Sistema Solar. O que ainda não se sabe é quando tudo isso ocorrei. Acreditava-se que o planeta se formou rochoso e após veio água, em cometas congelados.
Porém, uma nova pesquisa dizia que a possibilidade de água e também de vida na Terra pode ser muito mais antiga do que se imagina. Para completar, ficou evidente que a água da Terra é semelhante a de asteroides carbonosos. Deste modo, tais corpos também podem ter trazido água para nosso planeta.
Nada havia sido comprovado. Agora, uma nova pesquisa dos cientistas da Universidade Brown mostram que existem novos vestígios de como os asteroides poderiam ter contribuído para trazer água para cá.
"A origem e o transporte da água e dos voláteis é uma das grandes questões da ciência planetária. Esses experimentos revelam um mecanismo pelo qual os asteroides poderiam fornecer água às luas, planetas e outros asteroides. É um processo que começou enquanto o sistema solar estava se formando e continua a operar hoje."
Daly e Schulz usaram no estudo projéteis com uma composição semelhante a condritos carbonáceos, um tipo de meteorito com teor elevado de carbono e derivado de antigos asteroides ricos em água. Assim, eles descobriram que em velocidades de impacto e ângulos que são comuns em todo sistema solar, até 30% da água nativa no impactador ficava centrada em detritos pós-impacto.
O resultado é importante, já que mostra como a água pode ficar nos detritos após os impactos, mesmo com o atrito da atmosfera..
Pete Schultz, co-autor do artigo, salienta que "a natureza tem uma tendência de ser mais interessante que nossos modelos, e é por isso que precisamos fazer experimentos".
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