Essa semana nos deparamos com a notícia de que a Samsung terá que começar a pagar pelo uso da tecnologia FinFET. Mas, afinal, o realmente significa o termo?
Para quem possui alguma familiaridade com os produtos eletrônicos, certamente já se deparou com o termo FinFET. Ele está constantemente presente em especificações técnicas de processadores, SSDs, CPUs de tablets e celulares e ainda placas de vídeo.
O que é FinFET?
FinFET é uma sigla para "Fin Field Effect Transistor" (transistor de efeito de campo nadadeira, em tradução livre). A tecnologia em si é considerada simples, mesmo assim, é importante levar em consideração alguns princípios.
Um deles diz que no interior de qualquer microchip, seja de memória RAM, SSD ou processador de diversos tipos, milhões ou bilhões de transistores podem ser encontrados. Tais componentes são responsáveis pela transformação de eletricidade em dados.
Deste modo, quando uma fabricante fala de processador oriundo de um processo de manufatura, litografia ou arquitetura FinFET está fazendo referência a um arranjo em que os transistores do chip são organizados em estruturas 3D, com empilhamento.
Os transistores FinFET podem ter espessura de porta de 5 nanômetros e largura de 50 nm. A tecnologia FinFET é amplamente usada pela AMD, Nvidia, IBM, Samsung, Intel e Motorola.
Chips menores a cada geração
A cada geração, a escala dos chips tende a diminuir. Em resumo, esse é o método mais eficiente para produção de produtos melhores. Quanto menor for a distância existente entre os terminais dos transistores que estão na parte interna do chip, menos distância a eletricidade precisa percorrer. Isso tudo faz com que o processamento de dados fique mais veloz.
Para completar, neste caso, a eletricidade também encontra menor resistência para a sua passagem. Outra vantagem da diminuição de tamanho dos chips é o ganho em área. Assim, se a distância entre transistores é menor, é possível incluir mais alguns milhões deles no mesmo espaço ocupado pelo processador de geração anterior. Para completar, no geral, com o encolhimento das arquiteturas os custos de fabricação tendem a diminuir.
Em suma, os princípios fundamentais que comandam a indústria de semicondutores é o aumento de performance e a queda de consumo. A tendência é que a cada ano as empresas lancem novos processadores que atendam as necessidades.
Futuro do FinFET
Conforme vimos acima, FinFET é o termo referente a chips (processadores, GPUs e SSDs) que utilizam transistores 3D, com uma estrutura em seu design que aparenta uma nadadeira.
A tecnologia surgiu pela necessidade de impedir a passagem de eletricidade que era vista na tecnologia anterior. Assim foi desenvolvido um transistor tridimensional. Em vez de uma estrutura plana, achatada em 2D, foi criada uma espécie de barbatana para inserir uma barreira física aos saltos involuntários de energia que eram vistos antes, o que evitava a fuga de corrente que pudesse comprometer o funcionamento do chip.
A Intel foi a precursora da tecnologia, com o seu Transistor Tri-Gate, que estreou na arquitetura Ivy Bridge de 2012, também chamada de terceira geração dos processadores da Intel, que é de 22 nanômetros contra os 32 nm da Sandy Bridge, de 2011.
As tecnologias das marcas
Em relação ao futuro, ainda não existe uma ideia clara sobre o que realmente fazer caso o silício se mostre inviável a partir de certa escala. Até lá, a intenção é manter a tecnologia FinFET em uso.
Em resumo, FinFet é a tecnologia que trouxe aos chips, uma nova organização dos transistores, tornando-os menores e mais perfomáticos, porém, existe barreiras físicas que certamente atingiremos. Só o tempo vai nos trazer uma nova tecnologia que será capaz de produzir performance, consumindo menos espaço e energia.
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