Mais uma vez a Alemanha se mostra um dos países mais preparados para o futuro. Dessa vez a notícia vem através de um plano estratégico sobre como o país pretende lidar com um dos tópicos mais importantes para as próximas gerações: Inteligência artificial.
O documento que o gabinete de Angela Merkel acaba de aprovar, afirma: "Dados utilizáveis e de alta qualidade devem ser significativamente aumentados sem violar os direitos pessoais, o direito à autodeterminação informacional ou outros direitos fundamentais. Dados do setor público e da ciência estão sendo cada vez mais abertos à pesquisa de IA, possibilitando seu uso econômico e público em benefício no sentido de uma estratégia de dados abertos".
O documento foi apresentado pelo Ministério Federal para Assuntos Econômicos e Energia, pelo Ministério Federal de Educação e Pesquisa e pelo Ministério Federal do Trabalho e Assuntos Sociais.
A preocupação com segurança de dados e suas aplicações está cada vez mais forte desde o escândalo do Facebook e da Cambridge Analytica e vem em um momento que a União Europeia fecha o cerco a práticas desleais e desrespeitosas com os clientes e concorrentes.
Mas as medidas não são boas apenas para os usuários. Se você é um desenvolvedor poderá gozar das facilidades planejadas pelo governo de Angela Merkel. A Ministra Federal da Pesquisa, Anja Karliczek disse: "Os cientistas no campo da IA devem vir para a Alemanha, e as condições de trabalho também devem ser tão atraentes quanto possível para a próxima geração. Cátedras adicionais para IA devem ser estabelecidas com os países. Além disso, novas formas de promover a pesquisa estão sendo buscadas: uma agência para inovações pioneiras deve ser fundada, que também abordará a questão da inteligência artificial".
O ministro da Economia, Peter Altmaier, complementa com a intenção do governo: "A inteligência artificial não é apenas uma inovação - é uma inovação básica que mudará e melhorará nossa economia e nossas vidas como um todo. Portanto, não queremos que aplicações de inteligência artificial sejam desenvolvidas e implementadas em qualquer lugar do mundo, mas aqui na Alemanha e na Europa.
E o ministro do Trabalho, Hubertus Heil, finaliza: "Queremos estar na vanguarda das principais tecnologias, como a inteligência artificial. Do ponto de vista da política trabalhista, no entanto, isso também significa que devemos investir tanto nas habilidades das pessoas quanto na tecnologia. Uma tarefa do novo Think-Tank "Digitale Arbeitsgesellschaft" no Ministério Federal do Trabalho será, portanto, identificar internacionalmente bons exemplos de aplicações de inteligência artificial ou ferramentas e sistemas inteligentes centrados no ser humano no mundo do trabalho. O foco está nos funcionários - o desenvolvimento de suas habilidades e talentos".
Aqui no Brasil seguimos a onda do restante do mundo e estamos parados no tempo. O que você acha da medida? Para ler o documento original (infelizmente em alemão) clique aqui.
Fonte: AI Hub Europe
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