Um consórcio de tecnologia liderado pelos Estados Unidos, com o objetivo de proteger o desenvolvimento de inteligência artificial recebeu o primeiro membro chinês, a empresa de buscas na internet Baidu.
A Partnership on AI (PAI) foi criada a dois anos para gerar práticas recomendadas para a tecnologia AI. Empresas como Google, Amazon, Facebook e Microsoft fazem parte do grupo, que também é financiado por eles. Entidades governamentais como ONU e a Humam Rights Watch também integram a associação.
A associação não exige nenhuma promessa vinculativa, porém, as empresas integrantes devem "acreditar e empenhar-se em defender" oito princípios fundamentais.
A diretora executiva da PAI, Terah Lyons, disse ao The Verge que o grupo não deve cumprir os objetivos sem a "visão dos principais atores globais da IA", e isso inclui as empresas chinesas.
"A China tem uma ambição clara de se tornar um líder global em IA até 2030 e está fazendo investimentos maciços para esse fim", disse Lyons. "Não podemos ter uma conversa abrangente e global sobre o desenvolvimento da IA, a menos que a China tenha um assento na mesa."
A China está fazendo uso da inteligência artificial e tecnologias relacionadas, como o reconhecimento facial. Um dos princípios fundamentais da PAI consiste em que os membros irão trabalhar para "proteger a privacidade e a segurança das pessoas".
"Vemos percepções potencialmente divergentes sobre o desenvolvimento e o uso da IA como algo a ser adotado e tentado superar através do nosso trabalho", disse Lyons sobre a abordagem da IA pelas diferentes nações.
Para que os objetivos sejam concretizados, a PAI criou vários grupos de trabalho sobre tópicos específicos, incluindo a "IA, Trabalho e Economia", "IA Crítica em Segurança" e "IA e Bem Social".
O Baidu, vale ressaltar, é o primeiro membro chinês da PAI, porém, não é a empresa mais influente que trabalha com IA na China.
Fonte: The Verge