É chegada aquela época do ano gostosa em que a gente finge que é amigo da família e que gosta de todo mundo: O Natal.
E com o fim de ano o pessoal do site PC Mag costuma liberar uma lista de tecnologias que eles apostam que não passarão do próximo ano. Enquanto que para 2018 eles acertaram o falecimento do Skype for Business e o app Wunderlist (apenas para citar 2 deles), para 2019 as mais novas previsões já foram feitas.
Abaixo listamos os prognósticos para aqueles que vão sumir da indústria de tecnologia e que não se espera ver chegar a 2020. E se você ficar triste de ver algum item que gosta nessa list, não fique sentimental. O mundo da tecnologia é tão frio como a própria natureza e age os incapazes através da seleção natural fria e não sentimental.
Os hábitos de compra, o comportamento do usuário, as tendências sociais e a marcha da inovação tecnológica sempre deixam um monte de produtos, empresas e tendências fracassados ou desatualizados na poeira. E aqui estão as que prometem não chegar a 2020.
MoviePass
2018 tem sido um ano terrível para o MoviePass, aquele serviço onde você paga uma assinatura mensal e pode ver x filmes no cinema todo mês sem precisar comprar ingressos. Sua "empresa-mãe" - Helios and Matheson Analytics - está à beira da falência graças ao modelo de negócios basicamente não-lucrativo de subsidiar os custos dos ingressos para atrair mais clientes.
O próprio aplicativo MoviePass tem apresentado uma sequência de alterações de recursos e preços e, somente nos últimos meses, os valores subiram, o acesso a filmes campeões de bilheteria foi limitado, a repetição de repetição de filmes foi proibida, depois o aumento de preços foi revertido e o plano ilimitado acabou voltando. Detalhe: a simplicidade prometida ainda não funciona na maioria dos cinemas e horários de exibição.
Em meio a uma enxurrada de cancelamentos, os usuários que ainda tentam usar o aplicativo às vezes veem os horários de exibição desaparecerem instantaneamente sem aviso prévio. Segundo o CEO da empresa, 2019 será o ano em que o serviço deve chegar ao Brasil, mas será mesmo? O que importa é que o MoviePass abriu as portas para um novo modelo de cinema, que talvez seja a salvação para não morrer frente os streamings, e seu legado continuará vivo através de concorrentes como Sinemia e novos programas como o Stubs A List.
Nintendo 3DS
Após um lançamento meteórico, o último portátil de tela dupla da Nintendo conseguiu ter uma vida legal. Sua biblioteca de jogos de qualidade até ajudou o sistema a prosperar assim que a moda 3D passou, mas não se esqueça que isso foi há quase oito anos, e o grande sucesso da Nintendo da vez, o Switch, é o futuro dos jogos portáteis da marca.
Já foi confirmado que não haverá mais jogos Pokémon principais sendo lançados para a plataforma, todo mundo sabe que Pokémon são o carro chefe para os portáteis da Nintendo desde o Game Boy original, no final dos anos 90. Enquanto isso já estamos vendo jogos Pokémon sendo anunciados para Switch.
E não é só isso. enquanto novos jogos estão sendo planejados para 2019 (e que não incluem o 3DS), a Nintendo já pensa em um sucessor para esse console lançado há quase uma década e que já vendeu mais de 73 milhões de unidades. Ou seja, se vem um novo 3DS por aí, você já pode começar a pensar na aposentadoria do seu portátil para 2019. O pessoal está apostando que será seu último ano.
Facebook Watch
Se teve uma rede social que não teve um 2018 fácil, essa rede é o Facebook, e 2019 promete mais alguns tombos, como o Facebook Watch.
O maior motivo da queda do Facebook Watch é um só: ninguém tem ideia do que é o Facebook Watch. Trata-se da mais recente tentativa do Facebook de roubar a audiência do YouTube e, provavelmente, seguirá o mesmo caminho do Facebook Live: os principais influenciadores abandonarão o site assim que o Facebook deixar de pagá-los por sua presença ali. Depois, o restante abandonará quando o algoritmo do Facebook não estiver favorecendo o conteúdo tanto quanto costumava. Assim, o Facebook vai perceber que não tem como competir e atingir uma massa crítica de usuários, voltando sua atenção para produtos de vídeo mais novos e atraentes, como o IGTV.
Telefones pequenos
Deixando de lado o Palm Phone (que a principal característica é ser pequeno e caber na palma da mão), a era dos smartphones compactos e finos que cabem na sua mão está praticamente acabada.
Quer uma versão atualizada do iPhone SE? Vai ser difícil encontrar, pois a Apple descontinuou a linha em benefício dos aparelhos cada vez maiores, como o iPhone XS e o XS Max. Já a linha Pixel, do Google, os smartphones Galaxy, da Samsung, e os novos aparelhos principais dos fabricantes de dispositivos, como OnePlus, LG e Motorola, estão ficando cada vez maiores a cada ano que passa.
E com as pessoas jogando cada vez mais nos smartphones, assistindo vídeos cada vez mais nos smartphones, fotografando e usando redes sociais cada vez mais nos smartphones, a tela dos smartphones não diminuirão tão cedo. Portanto, prepare suas mãos, pois os devices pequenos estão com os dias contados e os de tela grande estão vindo com tudo.
Óculos VR com cabos
Ao que tudo indica esse será o ano de morte dos óculos de realidade virtual também. Mas não pense que o pessoal deseja o mal da tecnologia, não. É que para que ela dê o próximo passo é inevitável que a indústria encontre uma maneira de cortar este cordão umbilical o mais depressa possível (desculpe pelo trocadilho).
Somente sem a necessidade de um cabo ligado ao pc ou console atravancando e dificultando tudo é que a coisa pode vir a dar certo (convenhamos que a realidade virtual ainda não despontou como prevíamos lá por 2015 ~ 16).
O Oculus Quest está chegando em 2019 para tentar cumprir fazer essa promessa acontecer, e ele pode marcar o primeiro passo em direção às experiências de RV que irão dar suporte de verdade a gráficos e processamento capazes de renderizar uma experiência realmente imersiva (e que não seja limitada pelo comprimento de um fio).
Um monte de programas de assinatura
Certamente você conhece o inxado e saturado mercado das caixas de assinatura. A fórmula é sempre a mesmoa: Você paga um valor X, não necessariamente barato, e em contrapartida o serviço envia uma caixa surpresa com diversos itens. Já existem assinaturas para livros, cervejas, itens geek, produtos de beleza, comida, vinhos, e o que mais você imaginar. Mas parece que agora deu.
Espera-se que em 2019 este sistema comece a entrar em colapso e algumas falhas do modelo comecem a condenar alguns seriços. Se as mais aptas irão sobreviver e se destacar neste mercado, só o futuro irá dizer. Enquanto iss você pode dar uma olhada nesta lista com as 50 mais bombadas e curiosas caixas de assinatura existentes.
Faraday Future
Após captar bilhões de dólares de acionistas e passar por perrengues causados por seu fundador Elon Musk, a Tesla deixou de ser a queridinha para ser só "mais uma empresa estável" do Vale do Silício, tal qual um monte.
Assim, abriu uma vaga de xodó dos carros elétricos que prontamente foi preenchida pela Faraday Future. Mas ser o nome do momento não garante nada por lá (que o diga a Theranos...) e o 2018 da Faraday foi difícil. A startup perdeu todos os seus executivos fundadores um após o outro, precisou demitir funcionários e teve de reduzir os salários em 20% para tentar se manter operando. Enquanto isso, agora se vê no meio de uma amarga batalha de investidores que coloca a companhia numa situação de não poder aceitar novos financiamentos, financiamentos estes que nunca foram tão necessários.
O futuro da Faraday já foi mais empolgante.
Carregamento via cabo
Será que em 2019 vamos, finalmente, presenciar a morte dos carregadores com cabo? Eu espero que sim.
O verdadeiro e completo carregamento sem fio está chegando, mas, vêm a passos lentos como mostram os atrasos no badaladíssimo AirPower da Apple. Os atrasos são em decorrência de alguns obstáculos tecnológicos que precisam ser resolvidos primeiro para que ele se torne um produto de mercado e de massas (e olha que nem estamos falando dos preços).
Mas, se tem uma coisa que se pode perceber olhando para trás, principalmente no mercado mobile, onde a Apple vai, vai a indústria dos smartphones inteira atrás. Se o AirPower finalmente fizer sua estreia em 2019, ele sinalizará o início do fim dos cabos de alimentação com fio.
Vivendo sob ajuda de aparelhos
Agora um competidor que está na lista de prováveis defuntos faz tempo e que, não se sabe bem como, ano após ano segue resistindo bravamente: o Snapchat.
Não é de hoje que o Snap desperdiça dinheiro com aqueles óculos que ninguém quer enquanto que os sabidos problemas com o aplicativo continuam sem solução, desde o declínio do crescimento de novos usuários (e manutenção de antigos) até o redesenho da plataforma e a perda de importância da seção Discover.
Os diversos problemas fizeram com que o preço das ações da empresa continua a encolher e, em um memorando vazado, o CEO Evan Spiegel admitiu que o Snapchat apressou algumas coisas, "resolvendo um problema, mas criando muitos outros". O Snapchat ainda tem muito combustível para queimar (grana para torrar) antes de ter de decretar o fechamento das portas, portanto é provável que aguente mais uma crise em 2019 e apareça na lista do ano que vem novamente, porém não escapará da morte certa, salvo encontre uma maneira de aumentar o engajamento e alcançar a tão esperada lucratividade.
[Insira aqui o seu serviço preferido do Google]
Todos os anos, o Google parece matar um serviço muito amado, mas que tinha pouca atenção. Há alguns anos atrás, foi o Google Reader; este ano, foi o aplicativo de e-mail do Inbox e o aplicativo de bate-papo do Allo. Enquanto isso o Google+ parece estar indo para o mesmo caminho.
Mas e que será desativado no ano que vem? Apostaríamos que a empresa continuasse a reduzir seus aplicativos de bate-papo redundantes e transferisse os recursos para outros aplicativos, como os recursos inteligentes de composição e funções agrupadas do Inbox agora no Gmail, por exemplo.
E aí, você tem alguma sugestão sobre aqueles que não chegarão a 2020? Deixe um comentário logo abaixo.