Na última quarta-feira (17), a Amazon virou alvo de investigações por parte da União Europeia. De acordo com o grupo, a preocupação é de que a Amazon esteja praticando atos de competição desleal, principalmente por possuir dois papéis: a de varejista e fabricante.
O anúncio das investigações foi feito pela própria UE em seu site oficial, além de postagens também no Twitter. De acordo com o texto, como a Amazon oferece espaço para comerciantes venderem seus produtos, a gigante acaba coletando dados sobre a concorrência - o que poderia resultar no uso das informações a seu favor.
Sendo assim, a UE alega que vai investigar dois pontos principais. O primeiro deles são os acordos padrões entre a Amazon e comerciantes que buscam vender seus produtos em sua plataforma. O segundo ponto tem como enfoque algumas práticas da empresa, como a "Buy Box", que permite ao usuário adicionar itens de determinado vendedor diretamente aos seus carrinhos de compra. A UE quer avaliar, com isso, quais dados são coletados pela Amazon quando o usuário seleciona seus produtos.
Margrethe Vestager, principal executiva de concorrência da União Europeia, alega que "cada vez mais consumidores europeus estão comprando online. O e-commerce tem impulsionado a competição entre vendedores e trazido mais opções de preços ao mercado. Nós precisamos garantir que grandes plataformas online não eliminem esses benefícios por meio de práticas anti-competitivas".
Por fim, ela diz que é necessário garantir que a Amazon siga as regras de competição da União Europeia.
As suspeitas por parte da UE sobre a Amazon não são atuais. Em setembro de 2018, Vestager já começou uma investigação preliminar sobre a gigante. Desde o princípio sua preocupação era a mesma: se o papel duplo da Amazon fazia com que a empresa tivesse muito poder e, consequentemente, dominasse o mercado.
Agora é preciso esperar o desenrolar das investigações para saber se a Amazon realmente será acusada de algo. Para quem quiser acompanhar o desenrolar da história, é possível consultar o avanço da investigação pelo portal da Comissão Europeia.
Fonte: União europeia