A Starship Technologies anunciou seu plano de liberar milhares de seus robôs de entrega autônomos com seis rodas em campus universitários americanos por todo o país nos próximos dois anos, logo após levantar 40 milhões de dólares (quase 100 milhões de reais) em financiamento da série A.

É um enorme passo para a start-up estoniana e seus robôs, que já foram testados em mais de cem cidades e vinte países diferentes, viajaram 563 mil quilômetros, passaram por 4 milhões de ruas e marcaram sua entrega número 100 mil. Campus de universidades tem calçadas abundantes, limites bem definidos de propriedade e usuários jovens e conectados por smartphones que possuem uma mentalidade muito amigável com entregas, tornando-se um ambiente perfeito para a Starship dar o próximo passo em seu negócio.

Cada robô pode viajar numa velocidade de até 6,5 quilômetros por hora. Eles são elétricos e tem um compartimento de carga capaz de carregar 9 quilos, têm um conjunto de câmeras ao redor que são usadas para identificar obstáculos e ajudam o robô a chegar ao seu destino. Eles também possuem um raio de entrega de 5 a 6,5 quilômetros. Justamente por serem um pouco lentos comparados a entregadores humanos em bicicletas ou motos, os robôs ganham em quantidade e na capacidade de trabalhar por horas e horas ininterruptamente.

"Também não há nem culpa e nem vergonha", o CEO da Starship, Lex Bayer comenta. "Você pode pedir o que você quiser e quando você quiser sem se preocupar com julgamentos ou em mandar outras pessoas buscar para você, é apenas um robô que vai entregar diretamente a você".

Esse robôs ainda podem subir morros e ladeiras mas não escadas, o que pode limitar um pouco sua popularidade em prédios de mais de um andar. Por isso, a Starship está mirando em mercados menos densos e que predominem alturas menores. Mas o CEO especula que se a popularidade decolar desses robôs, as pessoas são capazes de adicionar portas somente para eles. "Definitivamente um possível futuro".

Cada entrega por robôs é cobrado 2 dólares, ou aproximadamente 8 reais. Há contratos com restaurantes e universidades, mas Bayer reafirma que eles podem ser mais lucráveis que os rivais entregadores humanos.