A China e a tecnologia de reconhecimento facial flertam há muito tempo, sendo que em 2016 a primeira implementação dessa tecnologia foi implementada no varejo chinês. A Ant Financial, subsidiária da gigante de comércio eletrônico Alibaba, começava a aplicar o serviço "Smile to Pay".

O cliente faz o pedido em um totem de autoatendimento, toca nos itens que quer comprar e escolhe a opção de pagamento "escaneamento facial". A câmera 3D faz uma varredura facial de um a dois segundos, e tem um algoritmo para detectar que se trata de uma pessoa, e não de uma foto ou vídeo. É necessário inserir um número de celular para verificação extra. O KFC em Hangzhou, no leste da China, foi o primeiro a aplicar a funcionalidade após o anúncio em 2015 pelo presidente da Alibaba, Jack Ma, na feira Cebit.

Agora, vemos uma ampla variedade dessa funcionalidade e tecnologia, com várias empresas competindo no ramo que está se consolidando no varejo chinês. Já se popularizou no país asiático as lojas completamente automatizadas, sem funcionário, assim o reconhecimento facial da Amazon Go entrou como uma ferramenta de segurança de fácil pagamento.

Os chineses estão suplantando a capacidade da Amazon Go de identificar o cliente na saída da loja e realizar o pagamento sem cartão e sem a necessidade de o cliente retirar o celular do bolso. O checkout feito por reconhecimento é usado pela BingoBox, uma das grandes varejistas chinesas, por exemplo.

O sistema realmente parece incrível, porém, no oriente, discussões sobre ética, direitos de privacidade e sigilo de dados são muito mais presentes. Por exemplo, esse tipo de tecnologia é capaz de identificar o que você está fazendo, comprando, onde está indo, toda sua vida registrada por câmeras implementadas agora no varejo, mas o FBI já usa da ferramenta com câmeras convencionais de ruas e até mesmo documentos digitalizados. Até onde a tecnologia pode avançar sem renunciar nossa privacidade?