Recentemente a UNESCO anunciou os vencedores do Prêmio Rei Hamad Bin Isa-Al Khalifa do ano de 2019 pelo uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação. Trata-se do software Letrus, desenvolvido por uma equipe brasileira e da ferramenta Dytective, programa criado para detectar dislexia feito por pesquisadores espanhóis.
As equipes vencedoras receberão 25 dólares durante a cerimônia de premiação que será marcada nas próximas semanas. Cada ano é escolhida uma temática para se desenvolver soluções e no ano de 2019 a pauta escolhida foi o uso da Inteligência Artificial (IA) para inovar na educação, ensino e aprendizado. O objetivo da UNESCO foi promover pesquisas aplicáveis que sejam universalmente disponíveis na educação.
O software Letrus Writing Skills Program, desenvolvido por cientistas brasileiros, utiliza-se de IA com retorno automatizado sobre a escrita dos alunos. O intuito da plataforma é reduzir o analfabetismo funcional na língua portuguesa, auxiliando alunos e professores no ensino médio.
O programa citado acima suporta as habilidades de escrita dos alunos através de um feedback híbrido entre a IA e os usuários. A resposta do software ocorre em tempo real e é capaz de identificar padrões de escrita, além de correções humanas realizadas. O Letrus é utilizado para testes desde o ano de 2017 e já passou por mais de 65 mil estudantes de todos os estados brasileiros.
Já o programa Dytective (detetive), que foi desenvolvido pela equipe de pesquisadores espanhóis da Change Dyslexia, tem como objetivo detectar dislexia em uma pessoa em somente 15 minutos. O software também é capaz de oferecer exercícios com base em jogos para ajudar pessoas com dislexia a aprimorar a capacidade de leitura e escrita na língua.
O programa espanhol possui testes online e aplicativos preditivos que utilizam deep learning em conjunto. Até agora mais de 270 mil crianças de 43 países foram auxiliadas pelo software de forma gratuita. A empresa resposavel pelo software tambem disponibiliza subsidios para familias mais necessitadas que precisam de educação para corrigir a dislexia.
As duas equipes vencedoras foram escolhidas em meio a um total de 113 projetos apresentados por diversos países e suas organizações de educação associadas. A decisão foi realizada através de um júri internacional de especialistas em educação.
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