Mesmo após ter negado diversos rumores de que abandonaria o negócio de câmeras, a Olympus anunciou recentemente que irá encerrar a sua divisão de máquinas fotográficas. A companhia anunciou que irá vender o negócio de câmeras para a Japan Industrial Partners (JIP), a mesma empresa responsável pela compra da divisão VAIO PC da Sony. No momento, de acordo com as informações dadas, a Olympus irá focar em negócios maiores como o fornecimento de equipamentos de imagens industriais e médicas.
Segundo a Olympus, houve uma otimização da estrutura de custos, passando a concentrar-se em câmeras e lentes que geram alto lucro, além de outras medidas para "lidar com o mercado extremamente severo de câmeras digitais". Mesmo com os esforços para evitar o prejuízo, a empresa diz que "registrou perdas operacionais por três exercícios fiscais consecutivos até o prazo final de março de 2020". É provável que o escândalo contábil de US$1,7 bilhão de 2013 tenha tido forte colaboração nisso.
Não se sabe ainda como essa decisão irá afetar os donos de câmeras mirrorless da Olympus como a E-M1 III. A intenção da JIP é otimizar os negócios, como fez com a VAIO, para torná-los "mais compactos, eficientes e ágeis", segundo a Olympus. Os modelos já existentes serão vendidos normalmente e serão desenvolvidos novos.
A venda da divisão de máquinas fotográficas trouxe impactos para o mercado de câmeras no geral. A Olympus e a Panasonic são as únicas empresas que são capazes de suportar o formato Micro Four Thirds, um seguimento que lida com sistemas APS-C e full-frame. Estes grandes sensores conseguem lidar melhor em ambientes de pouca luz e consegue produzir fundos suaves de "bokeh".
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