Sabe-se que se você mergulhar uma maçã em água salobra, evitará que a fruta oxide e escureça, mas há outras aplicações para o sal que nunca iriamos imaginar que seria possível. De acordo com a equipe de pesquisadores liderada pelo professor Chen Hsueh-Shih do Departamento de Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade Nacional de Tsing Hua em Taiwan, é possível proteger materiais frágeis como pontos quânticos (quantum dots ou QD) utilizando sal. Através de uma técnica de jato de tinta que utiliza-se de água salgada, é possível encapsular materiais como QD, aumentando assim a resistência a corrosão por água e oxigênio, além de poder ser impresso de maneira uniforma em um filme plástico flexível em uma matriz de micro LED para utilizar em telas.
Para obter uma solução mais fina, flexível, com mais brilho e uma vida útil maior, empresas como Apple, Samsung, entre outras, estão investindo muito para desenvolvedor telas micro LED que consigam substituir em termos de qualidade as telas OLED atuais. Entretanto, é um grande desafio conseguir organizar micro LEDs com menos de 100 µm em uma superfície. Segundo Chen, vários fabricantes utilizam uma técnica de estampagem para arrastar milhões de micro LEDs vermelhos, verdes e azuis para um substrato. Entretanto, se alguns LEDs não grudarem, a tela ficará manchada com pixels defeituosos.
A solução para uma distribuição de LEDs com mais eficiência e economia é o sal
A solução para o problema descrito acima é utilizar a impressão de jato de tinta para imprimir micro pixels ao invés de mover micro LEDs, tornando o processo mais eficiente e econômico. Entretanto, quando a solução de QD sai da impressora, ocorre uma convecção de gotículas em seu interior, empurrando o material para as bordas, deixando a distribuição irregular, ficando com uma cor mais clara no centro e mais escura nas bordas. Para resolver este inconveniente, foi adicionado cloreto de sódio (sal) na solução QD (quantum dots), fazendo com que o resultado seja uniforme.
Quando se adiciona o sal a solução QD, há uma diminuição do tamanho das gotículas pulverizadas pela impressora a jato de tinta, dando mais precisão para o processo. A pesquisa foi publicada na ACS Applied Materials & Interfaces e pode ser lida na integra através deste link.
O que achou desta nova técnica? Comente abaixo e compartilhe conosco a sua opinião!
😕 Poxa, o que podemos melhorar?
😃 Boa, seu feedback foi enviado!
✋ Você já nos enviou um feedback para este texto.