De acordo com pesquisadores do NIST (National Institute of Standards and Technology in Boulder), instrumentos musicais podem ser a chave para o futuro da computação quântica. Segundo a publicação feita na revista Science pelos cientistas no início deste mês, tambores quânticos emaranhados de alumínio (quantum-entangled aluminum drums) tiveram suas propriedades medidas para estabelecer as bases para grandes redes quânticas (quantum networks).
Para conduzir o estudo, a equipe de pesquisadores utilizou luz de micro-ondas para fornecer energia aos tambores, resultando em dois padrões (um "frio e calmo" e outro menos estável), onde houve um nível tão preciso no ritmo que nenhum instrumento musical normal corresponderia a esse nível de resposta. Logo em seguida, os cientistas mediram as pequenas diferenças nas posições das cabeças dos tambores e descobriram que elas se moviam na mesma velocidade, porém em direções diferentes.
Os pesquisadores conseguiram manter o funcionamento dos tambores por cerca de 200 microssegundos, mesmo a uma temperatura de quase zero absoluto, necessária para o experimento. Entretanto, esse tempo seria o suficiente para que estas estruturas fossem utilizadas como qubits para armazenar dados e convertê-los em microondas para enviá-las para computadores quânticos distantes em uma rede. Anteriormente, outros pesquisadores já haviam tentado algo semelhante, porém, sem sucesso.
Expectativa para aplicação
Embora seja um estudo promissor, ainda há muito trabalho a ser feito até que o projeto se torne viável para ser implementado fora de laboratórios. A equipe de pesquisadores diz que precisaria fazer com que os tambores realizassem primeiro operações mais complexas para conseguir chegar em um resultado com um potencial maior.
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