No início deste mês, a Receita Federal iniciou a "Operação Escudo", uma ação policial que conta com mais de 70 servidores de todo o país na região de Foz do Iguaçu, no Paraná. Com a maior parte de seus agentes concentrados na Ponte Internacional da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, a operação que já dura duas semanas, conseguiu apreender cerca de R$ 10,2 milhões em mercadorias que foram impedidas de entrar ilegalmente no Brasil. Os produtos envolvem eletrônicos, cigarros, notebooks e computadores.
Operação Escudo apreende mais de R$ 10 milhões
Ao surpreender os veículos que passam pela fronteira do país com o Paraguai, os agentes encontraram mercadorias que na maior parte das vezes, estavam escondidas em compartimentos de veículos, fundos falsos de ônibus, em capacetes e até mesmo presas junto ao corpo do motorista. Apenas nesta ponte, foram apreendidas mais de R$ 3,3 milhões em mercadorias estrangeiras que estavam entrando no Brasil de forma ilegal.
Para acabar com os famosos "laranjas" que fazem diversas viagens para trazer mercadorias do Paraguai, a operação limitou a entrada desses contrabandistas a cada 30 dias, já que o fluxo de transporte nessas regiões saltou de 1.930 para 11.467 quando comparado à segunda quinzena de junho.
O que foi apreendido?
Na Ponte da Amizade, as mercadorias apreendidas vão desde drogas, medicamentos, cigarros e outros produtos prejudiciais à saúde. Já em outras estradas da região de Foz do Iguaçu e Cascavel, os agentes apreenderam cerca de 23 veículos, três caminhões e aproximadamente R$ 7,2 milhões em produtos ilegais.
Em sua maioria, são eletrônicos, grande quantidade de celulares e notebooks, além de um lote de 3 mil garrafas de vinho avaliadas em R$ 496 mil e mais de mil pneus avaliados em R$ 150 mil que estavam sendo transportados sem comprovação regular de importação.
Duas situações em especial ganharam destaque: a primeira foi a de um casal que estava transportando uma grande quantidade de computadores com preços avaliados em R$ 12 mil cada, e que segundo eles, estavam sendo levados para realizar manutenções no Brasil. Depois de muito questionamento, eles entraram em contradição e revelaram que na verdade, os computadores estavam sendo levados para quatro mineradoras de Bitcoins.
Uma outra situação foi a de uma viajante que trazia um CD Player profissional. Na Grã-Bretanha, o equipamento é avaliado em U$ 9,6 mil, mas ela apresentou uma fatura falsa de U$ 490. Os agentes emitiram um Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) com valor de mais de R$ 34 mil, o valor mais alto de todo o período da operação.
Fonte: Ministério da Economia
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