Famosa por seu antivírus, a Baidu investe em diversos setores de tecnologia e um deles é o de carros autônomos. De acordo com o site TechCrunch, a empresa começou a testar sua plataforma mobile para "robotáxis" chamada Apollo Go na cidade de Xangai.

Segundo a Baidu, seus "robotáxis" (carros autônomos de táxi) alcançaram o nível 4 (L4) de independência. Entretanto, a empresa optou por manter um motorista em caráter de prevenção para uma segurança maior durante as viagens. A companhia diz que as viagens em sua plataforma estarão abertas a partir de domingo (19).

O que é o nível 4 nos carros autônomos?

Segundo a Society of Automotive Engineers, quando um carro autônomo possui o nível 4 (L4), o veículo não tem mais a necessidade de interação humana na grande maioria dos casos, porém sua circulação é permitida somente em áreas delimitadas. De acordo com o TechCrunch, companhias como Waymo, Cruise, Motional, Pony.AI e Yandex utilizam um conjunto de tecnologias como a lidar, o radar, câmeras e GPS com o intuito de criar uma inteligência para o carro.

De acordo com um porta-voz da Baidu, durante entrevista do TechCrunch, foi dito:

"A meta é chegar a cerca de 200 veículos em Xangai."

Baidu já testou seus serviços de carros autônomos em Pequim

Há algumas semanas atrás, a Baidu chegou a iniciar testes em Pequim, mais especificamente no distrito de Tongzhou. Foram adicionadas 22 estações de veículos num raio de 50 quilômetros. Além desta implantação, a empresa chegou a testar, em abril deste ano, 10 robotáxis no Parque Shougang na capital.

Cada viagem através de táxis autônomos no parque custa 30 yuans (US$4,60) e é disponibilizada para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, nas outras regiões não é cobrado valor algum (incluindo Xangai), pois o serviço ainda está em fase de testes.

É interessante notar que há um horário específico para robotáxis receberem passageiros. Em Xangai, estes carros autônomos permitem que pessoas solicitem viagens das 9:30 às 23h.

Meta

O objetivo da Baidu é implantar 3000 veículos autônomos nos próximos 3 anos em 30 cidades chinesas. A empresa tem investido nessa tecnologia desde 2013 e tem desenvolvido o projeto Apollo desde 2017.