Desde o anúncio da Meta (ex-Facebook), o metaverso se tornou o assunto do momento no mercado dos ativos digitais. E assim, mais do que nunca, os projetos de metaverso estão arrecadando milhões de dólares toda semana.
Inclusive, mais e mais empresas estão comprando terrenos virtuais, e garantindo o seu espaço nessa realidade virtual. Para se ter ideia, apenas na semana passada, em torno de US$ 106 milhões (quase R$ 600 milhões), foi gasto em propriedades virtuais, em especial com compras de terrenos digitais, iates de luxo, e outros ativos de NFTs.
Os dados são da plataforma de aplicativos descentralizados DappRadar. Abaixo, confira todos os detalhes sobre a expansão e valorização do universo paralelo metaverso.
Vendas de terrenos virtuais batem novos recordes
Um dos principais projetos de metaversos, o The Sandbox, é um mundo de jogos online. Ele permite aos usuários, ter lotes de terra e vários objetos, como um Second Life aprimorado. Hoje, essa é a plataforma que domina o novo mercado.
Entre os dias 22 e 28 de novembro, US$ 86,5 milhões foram movimentados por meio de vendas únicas de terrenos virtuais. As negociações se deram através de NFTs, ou tokens não fungíveis, ativos digitais, que carregam consigo, a posse de certo lote no The Sandbox, ou em outros metaversos.
De acordo com os dados do DappRadar, a Decentraland é outro projeto de metaverso que movimenta milhões. A plataforma, que ocupa a 2ª posição, vendeu US$ 15,5 milhões em terrenos digitais no mesmo período. Ao juntar com o valor movimentado pela The Sandbox, em apenas uma semana, mais de US$ 100 milhões foram gastos com esses ativos vinculados aos metaversos, valor recorde até então.
Ademais, há outros nomes importantes no mercado de metaversos. Como é o caso do CryptoVoxels e Somnium Space. Ao longo da semana, eles venderam, respectivamente, US$ 2,6 milhões e US$ 1,1 milhão.
Por fim, o terreno mais caro da história foi vendida na última terça-feira (30), por US$ 4,3 milhões. E assim, estabeleceu um novo recorde para essa classe de ativos. De acordo com o Wall Street Journal, a propriedade se encontram no The Sandbox, e o seu comprador foi a empresa Republic Realm.
Por que as empresas investem em metaverso?
Assim como a grande maioria dos criptoativos, os NFTs são oportunidades de investimento. Entretanto, não apenas pela provável valorização no longo prazo, mas também, pelas utilidades práticas e oportunidades comerciais associadas a esse pedacinho de metaverso.
A empresa que comprou o terreno virtual mais caro do metaverso, a Republic Realm, tem cerca de 2.500 terrenos digitais, em 19 mundos distintos. Em muitos casos, a companhia espera que essas propriedades virtuais se valorizem com o tempo. E assim, eles podem revendê-la. Em outros casos, as empresas usam os ativos para projetar casas, shoppings, e outras estruturas dentro do metaverso.
De acordo com o DappRadar, "Sem dúvida, a terra do metaverso é o próximo grande sucesso no espaço NFT. Produzindo números recordes de vendas e constantemente aumentando de preço, os mundos virtuais são a nova mercadoria principal no espaço cripto".
Por fim, o relatório do DappRadar cita que as atividades relacionadas ao metaverso iniciaram com a decisão do Facebook. No final de outubro, a companhia se rebatizou de "Meta", em um acesso ao seu compromisso de construir o seu próprio mundo digital aos seus usuários.
Com informações: DappRadar / Wall Street Journal
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