Em julho, a conta de luz dos brasileiros ficará mais cara. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a ativação da bandeira amarela, o que significa um aumento na tarifa básica de R$ 1,88 para cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumidos. Para uma residência que consome entre 150 kWh a 250 kWh por mês, isso representa um aumento significativo na fatura mensal.

Por que a conta vai aumentar?

O principal motivo para a mudança na bandeira tarifária é a previsão de chuvas abaixo da média no segundo semestre do ano. Com menos chuva, as usinas hidrelétricas, que fornecem 51,3% da energia do país, terão menos água disponível para geração de eletricidade.

Além disso, o aumento das temperaturas faz com que o consumo de energia elétrica cresça, pressionando ainda mais o sistema. Esta é a primeira vez que a bandeira muda de cor desde abril de 2022, refletindo as condições adversas esperadas para o segundo semestre de 2024. Segundo a Aneel, a redução de 50% nas chuvas comparado ao mesmo período de 2023 é um indicador preocupante que justifica a mudança.

Para o consumidor, isso significa que é hora de redobrar a atenção no uso da energia elétrica. Pequenas mudanças no dia a dia, como apagar as luzes ao sair de um cômodo, utilizar lâmpadas de LED e evitar o uso excessivo de aparelhos de ar condicionado, podem ajudar a minimizar o impacto desse aumento na conta de luz.

Como funciona o sistema de bandeiras?

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para que os consumidores possam prever com mais facilidade os custos na conta de luz. Anteriormente, os reajustes eram comunicados apenas uma vez por ano, o que tornava os valores mais imprevisíveis. Atualmente, o sistema é composto por quatro patamares:

  • 🟢 Bandeira Verde: Sem custo extra.
  • 🟡 Bandeira Amarela: Acréscimo de R$ 1,88 por 100 kWh.
  • 🔴 Bandeira Vermelha Patamar 1: Acréscimo de R$ 4,46 por 100 kWh.
  • 🟥 Bandeira Vermelha Patamar 2: Acréscimo de R$ 7,87 por 100 kWh.