O Telegram afirmou hoje (04) que não recebeu notificação alguma no dia 13 de abril, data em que o Ministro da Justiça Flávio Dino afirmou que a SENACON (Secretaria Nacional do Consumidor) havia enviado uma solicitação de informações ao Google, Facebook, TikTok, Twitter, Kawai e Telegram. A seguir mais detalhes sobre a defesa publicada pelo aplicativo de mensagens instantâneas.
Telegram diz que não recebeu notificação do SENACON
De acordo com uma publicação feita pelo Telegram no final da tarde desta quinta-feira na rede social Twitter, a empresa recebeu um e-mail da SENACON somente no dia 20 de abril e teve sua resposta oficial protocolada 1 dia útil depois (24 de abril). Abaixo a imagem da linha do tempo compartilhada no Twitter para explicar o que houve.
Ou seja, ao contrário do que havia sido dito pelo Ministro da Justiça, o Telegram não faltou com o seu compromisso em responder à solicitação de informações quando ela realmente aconteceu. O Telegram chegou a publicar capturas de tela dos comunicados enviados pela SENACON, mostrando o que foi dito nas documentações.
No mesmo dia em que a SENACON enviou o e-mail ao Telegram (20 de abril), o aplicativo de mensagens instantâneas foi processador por não cumprir com o prazo estipulado para fornecer informações a respeito de grupos neonazistas que estariam envolvidos em um ataque na cidade de Aracruz (ES), onde um jovem de 16 anos matou quatro pessoas. Em seguida, no dia 26 de abril, a Diretoria de Inteligência da Polícia Federal (PF) disse que foi enviado um comunicado às operadoras de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi, além das empresas Apple e Google, onde foi falado sobre a suspensão do Telegram no Brasil. No dia 27, o aplicativo é bloqueado em diversas regiões do país, devido à suposta recusa em colaborar com a investigação da PF.
Isso leva a crer que pode ter havido um boicote ao Telegram, já que nenhuma das outras empresas sofreu penalização.
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