O Windows 11 tende a ser a maior atualização que a Microsoft já realizou em seu principal sistema operacional, e por isso, muita expectativa tem sido gerada em torno da nova plataforma. Mas como nem tudo são flores, uma grande fatia do otimismo foi jogada ao vento quando a empresa anunciou que nem todos os processadores suportariam o software. Agora, para diminuir a crise antes do lançamento oficial, a Microsoft voltou atrás com sua decisão.
Windows 11 vai rodar em PCs com processadores antigos
Inicialmente, a Microsoft anunciou que o proprietário de um computador que não tivesse uma placa mãe compatível com a tecnologia TPM 2.0, não conseguiria nem mesmo instalar o Windows 11. Porém, na última sexta-feira (27), a empresa revelou que este componente não seria mais obrigatório.
O TPM 2.0 (Trusted Platform Module) é um componente de segurança presente nos modelos mais recentes de placa mãe e processadores. Ele é o mecanismo responsável por garantir os protocolos de verificação de segurança como a autenticação biométrica, criptografias ou mesmo partições de unidades de memória.
Citar a necessidade desse componente não é uma novidade por parte da Microsoft, já que desde 2016 ele tem se tornado necessário para a utilização do Windows. Mas ter uma placa que não dispõe dessa tecnologia não impedia que o sistema operacional fosse instalado. Assim, a decisão de continuar fornecendo a plataforma mesmo para computadores mais antigos será uma continuidade do que já tem sido feito pela empresa, afinal, a ausência deste componente não significa que um computador está necessariamente obsoleto.
Porém, todavia, entretanto...
Apesar da mudança, o Windows 11 continuará pouco acessível para o público, principalmente para quem não costuma realizar a instalação de sistemas manualmente. Isso porque a Microsoft também anunciou que quem não tiver uma placa mãe compatível com o mecanismo TPM 2.0, precisará realizar a instalação manualmente a cada nova atualização com a ISO fornecida pela empresa.
A atualização feita de forma automática pelo próprio sistema consegue ativar as configurações necessárias para a sobreposição do Windows, enquanto a instalação por arquivos ISO exige o acesso de configurações dispostas diretamente na BIOS dos dispositivos, o que pode ser mais complicado. Quem possui pouca ou nenhuma familiaridade com o procedimento pode desistir de usar o novo sistema, ou até levando a possibilidade de descartar o computador, o que pode impactar diretamente no meio ambiente.
Lançamento em crise
Essa não é a primeira decisão que a Microsoft voltou atrás. Inicialmente, a restrição era para processadores da AMD e da Intel lançados antes de 2017, o que fez a empresa repensar e confirmar que, em vez de generalizar, apenas os chips Core de 7ª geração e os AMD Zen 1 não serão compatíveis.
Tais mudanças repentinas no posicionamento da Microsoft refletem uma crise estratégica para o lançamento do Windows 11. O discurso de que a plataforma seria acessível para o grande público, assim como foi o Windows 10, realizando o upgrade de forma gratuita, tem sido cada vez mais ignorado. A ideia era que mais e mais computadores recebessem a atualização, algo parecido com o que já acontece entre os usuários do MacOS.
De qualquer forma, a versão final do Windows 11 ainda não está disponível para o público, apenas a versão Beta para membros do programa Insider da Microsoft. Para instalá-lo, basta acessar as configurações do computador e acessar a aba de desenvolvedor.
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