Lançada inicialmente em 2014, a Mi Band é a proposta da Xiaomi para atrair o público que busca por um wearable fitnesse que seja eficiente, bonito e barato. Com o passar dos anos a pulseira ganhou mais funções, um design totalmente reformulado e manteve a relação de custo-benefício, um dos principais pontos observados pelos usuários da marca.

Apesar de ser um gadget simples, a Mi Band traz consigo uma série de recursos presentes em versões premium de outras fabricantes, como o sensor de frequência cardíaca, assistente de sono e exercíos pré-definidos, por exemplo. A maioria das funções disponíveis na versão atual do tracker - Mi Band 5 - não estão presentes nos primeiros modelos. De lá para cá a Xiaomi evoluiu muito o dispositivo, implementando mais recursos de monitoramento de atividades e aprimorando os sensores já existentes nas versões anteriores. Grande parte das mudanças revolucionaram o modelo, principalmente entre a segunda e a terceira geração.

Mi Band 1 e 1s

O primeiro modelo da Mi Band é básico e sem muitos detalhes, dispondo apenas de um núcleo com três leds de indicação e o modo vibração para se comunicar com o usuário. Por não ter uma tela, o gerenciamento das informações e configuração do aparelho é realizado através do Mi Fit, aplicativo oficial da fabricante chinesa e que ainda é utilizado nas versões atuais.

A Mi Band 1 possui leds de notificação coloridos, dessa forma permitindo a personalização das cores de acordo com a notificação recebida nos aplicativos.

ESPECIFICAÇÕES:

  • Conexão: Bluetooth 4.0;
  • Bateria: 41 mAh (duração média de 25 dias);
  • Leds: coloridos;
  • Sensor de batimentos cardíacos: não;

1s

Um ano após o primeiro lançamento, a empresa anunciou a versão 1s, em que houve um pequeno upgrade se comparado ao modelo anterior. A atualização trouxe um sensor de batimentos cardíacos e leds monocromáticos (um regresso se comparado com a versão 1).

Também chamada de 'Mi Band Pulse', o modelo implementou um sensor pouco fidedigno, com uma margem de erro de aproximadamente 10 bpm. Contudo, para a época era uma inovação, principalmente no segmento da smartband.

Quanto ao design, ambas são idênticas, seja em formato do núcleo ou da pulseira de silicone. Visualmente, a única alteração é na cor dos leds, sendo apenas brancos neste modelo.

ESPECIFICAÇÕES:

  • Conexão: Bluetooth 4.0;
  • Bateria: 41 mAh (duração média de 25 dias);
  • Leds: monocromáticos;
  • Sensor de batimentos cardíacos: sim;
  • Certificação: IP67

Mi Band 2: a primeira a ter um display

Foi a partir de 2016 que o wearable ganhou um visor OLED de 0,42 polegada, que apesar de ser pequeno e monocromático, permitia acompanhar em tempo real e na própria smartband a quantidade de passos, calorias queimadas e frequência cardíaca. Neste modelo os sensores foram aprimorados, logo, passaram a exibir um resultado mais próximo do verdadeiro, tanto no pedômetro quanto nos batimentos.

ESPECIFICAÇÕES:

  • Conexão: Bluetooth 4.0;
  • Bateria: 70 mAh (duração média de 20 dias);
  • Visor: OLED de 0,42"
  • Sensor de batimentos cardíacos: sim;
  • Certificação: IP67;

O design da pulseira sofreu alteração, ganhando um botão touch para controle das funções exibidas na tela.

Mi Band 3: tela maior e mais funções

A interação com o núcleo inteligente mudou, sendo feita através de um display touchscreen de 0,78 polegada e resolução 128 x 80 pixels, que apesar de parecer pouco, é o suficiente para a pulseira. O lançamento do modelo ocorreu no primeiro semestre de 2018.

A Xiaomi inseriou novas funcionalidades de forma nativa no tracker fitness, como compatibilidade com novos exercícios (corrida, caminhada, etc.). Indo além, a empresa inseriu a possibilidade de ativar o cronometro, temporizador ou visualizar a previsão do tempo através da smartband.

Apesar de ainda manter o padrão de cores monocromártico, visor maior e touchscreen deu início a uma nova era na linha da Mi Band, visto que o feedback do público foi altamente positivo. A partir dessa versão os demais modelos dispõem de uma tela sensível ao toque e de boa resolução.

ESPECIFICAÇÕES:

  • Conexão: Bluetooth 4.2;
  • Bateria: 110 mAh (duração média de 16 dias);
  • Visor: OLED de 0,78" monocromático;
  • Sensor de batimentos cardíacos: sim;
  • Certificação: IP68.
  • Compatibilidade: Android e iOS.

Da mesma forma que nos demais upgrades, a fabricante inseriu novos sensores, com isso garantindo ainda mais a precisão dos resultados. Um dos principais pontos negativos do modelo é justamente o seu display, que apesar de ser uma mudança significativa, traz um brilho fraco e que dificulta a visualização dos menus sob luz solar.

Mi Band 4:

Anunciada no segundo semestre de 2019, a quarta geração da pulseira trouxe tudo o que era aguardado pelos usuários: visor colorido, compatibilidade com várias modalidades esportivas e controle de músicas. De forma acertada, a Xiaomi manteve o que era bom na geração passada e implementou novos recursos que fizeram a Mi Band 4 ser a versão mais completa e interessante dentre todas.

Mantendo o custo-benefício, a empresa conseguiu consolidar no mercado a quarta geração da Mi Band, que por incrível que pareça. agradou mais que o modelo seguinte.

ESPECIFICAÇÕES:

  • Conexão: Bluetooth 4.2;
  • Bateria: 135 mAh (duração média de 17 dias);
  • Visor: AMOLED de 0,95 polegada;
  • Sensor de batimentos cardíacos: sim;
  • Certificação: IP68.
  • Compatibilidade: Android e iOS.

A nova tela capacitiva AMOLED de 0,95" e resolução 240 x 120 pixels permite a leitura das notificações, como mensagens do WhatsApp, por exemplo. Os 400 nits (brilho) do visor permite boa utilização mesmo sob alta incidência de luz solar, ponto negativo da Mi Band 3 e que foi corrigido neste modelo.

*Novos modos de treino foram adicionados, sendo: corrida ao ar livre, esteira, caminhada, natação, ciclismo e exercício de musculação.

Mi Band 5: pouca novidade

Lançada no segundo semestre deste ano, a Mi Band 5 trouxe poucas novidades, desagrando pela primeira vez os usuários que utilizam o wearable desde sua primeira versão. O design se manteve praticamente o mesmo, contudo, o núcleo ficou mais robusto e houve o upgrade no visor, que passou a ter 1,1 polegadas, 20% maior que o presente na geração passada.

A Xiaomi modificou os menus do sistema da pulseira inteligente, inserindo mais esportes e alguns recursos adicionais.

ESPECIFICAÇÕES:

  • Conexão: Bluetooth 5.0;
  • Bateria: 100 mAh (duração média de 14 dias);
  • Visor: AMOLED de 1,1 polegadas;
  • Sensor de batimentos cardíacos: sim;
  • Certificação: IP68.
  • Compatibilidade: Android e iOS.

Se houve pouca diferença nas funções, certamente foi compensado no preço. A quinta versão chegou custando bem mais do que o esperado, dando a impressão de que a Xiaomi abandonou o ponto que consagrou suas vendas no Brasil: o custo-benefício.