Nesta terça-feira (16) uma mudança bastante controversa nas políticas de pagamento por anúncio e monetização do YouTube foi anunciada. Agora os criadores de conteúdo deverão atender a novos requisitos para conseguirem faturar uma graninha com vídeos na plataforma.
Os canais ainda não criados, que quiserem fazer parte do Programa de Parcerias do YouTube, deverão cumprir os seguintes requisitos para conseguirem monetizar seus vídeos: adquirir no mínimo mil inscritos e 4 mil horas de visualização nos últimos 12 meses em vídeos postados. A partir do dia 20 de fevereiro de 2018, a regra também será aplicada aos canais já existentes, os canais serão avaliados um a um, e caso não cumpram os requisitos terão um período de 30 dias para atingir tal meta, caso isso não aconteça perderão a monetização de seus vídeos até que consigam atingir os números necessários.
Na regra antiga, para monetizar seus vídeos bastavam apenas ter 10 mil visualizações. De acordo com o comunicado oficial, em 2017 "muitos problemas afetaram a comunidade e a receita de publicidade", já neste ano "o foco para todos no YouTube é proteger o ecossistema de criadores e garantir que a renda seja mais estável".
Os grandes canais, com alto poder de influência e visualizações pouco serão afetados pelas novas regras. Porém o YouTube garante, "continuaremos usando sinais de aviso, como strikers, spam e outras flags de abuso".
Os anunciantes agora também terão mais transparência para verificar se querem ligar suas marcas e produtos a determinados vídeos ou canais. O programa Google Preferred, que é voltado para a monetização de criadores de conteúdo de elite, agora terá um moderador humano, avaliando as postagens e verificando se o conteúdo é publicável e próprio para anúncios.
A decisão tomada pelo YouTube não foi muito bem recebida pela comunidade, já que a plataforma deixou praticamente impossível que canais pequenos ainda em crescimento comecem a receber verba pelos vídeos publicados. Outro empecilho é o contador de minutos, que dificulta mais ainda a vida de quem posta clipes curtos.
O objetivo da mudança, segundo a plataforma "é prevenir que atores ruins prejudiquem os criadores originais e inspiradores ao redor do mundo que ganham a vida no YouTube." Referindo-se a aqueles que já conseguem renda suficiente do site a partir de seus inscritos e visualizações, grupo que não será afetado pela mudança.
Grandes canais como o PewDiePie e Logan Paul, por exemplo, recentemente perderam parcerias especiais com o YouTube, devido a conteúdos considerados como "impróprios" para a plataforma, sofrendo até represálias públicas por parte do YouTube, depois das polêmicas que se envolveram. Ainda assim isso é algo que não afeta seus altos ganhos, havendo preocupações maiores em que a plataforma deve se focar em resolver, principalmente relacionados com conteúdos para crianças e transmissões piratas ao vivo, que ainda não são resolvidas pela empresa.
A medida, de toda via, não foi uma ação injusta, já que fica implícito que canais pequenos também precisam de uma moderação, afinal muitas vezes conteúdos impróprios ou até mesmo plagiados acabam viralizando e gerando renda para indivíduos que se aproveitam das circunstâncias. Como uma empresa privada, fica claro o dever de o YouTube estabelecer regras para sua distribuição de valores. Por outro lado, quem acaba sendo prejudicado são os canais buscam seu espaço com conteúdos diferenciados, já que terão sua vida mais complicada com as novas barreiras de monetização.
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